Enfocamos alguns pontos sobre o trabalho de Jorginho contra o Coritiba. Só não podemos ignorar o comportamento dos atletas. Aliás, algo que não é recente. O atual elenco da Ponte Preta é gelado. No pior sentido da palavra. Não proporciona o “algo a mais” em instantes decisivos. Alguns times pecam pelo excesso de emoção. Na Ponte Preta falta a atuação com 110% de entrega.
Começou na Copa do Brasil. Nos dois jogos contra o Aparecidense, o time ficou longe da sintonia exibida no gramado pelos oponentes, que buscavam a bola como quem busca um prato de comida. Ou como quem executa uma atividade como se fosse a última de suas vidas.
Contra o Red Bull tudo foi repetido. Entendam: não há corpo mole. Nada disso. Existe uma falta de sintonia com a conjuntura de cada partida. Atuação padrão com 100% de foco. Em algumas oportunidades isso é insuficiente.
A comissão técnica pontepretana sabia disso. Alertou em entrevista coletiva. Dito e feito. O estádio Couto Pereira não tinha 31 mil torcedores. O que existia ali era a celebração de um símbolo do Clube, Dirceu Kruger. Alguém que interferiu nos destinos daquela comunidade. Os jogadores entenderam o que estava em jogo. Entregaram o corpo e alma no gramado.
O que fizeram os jogadores da Ponte Preta? Atuaram como se fosse um jogo de Série B. Normal. Não pensaram que deveriam igualar-se em força, vitalidade e intensidade. Acordaram no segundo tempo? Em parte. Já era tarde.
Não se aflija torcedor. Com tal atuação, padrão e insosso, a Macaca vai ganhar muitos jogos. Parte pela pobreza da competição e em outro aspecto porque o time já tem uma base e o contra-ataque pode resolver muita coisa.
Só que se não estiver preparada para as surpresas da bola e da vida, pontos preciosos podem ficar no meio do caminho. O que seria um desastre.
(Elias Aredes Junior)