Rafael Longuine já vestiu a camisa do Santos. Teve destaque no Audax. Surgiu como esperança. Ficou no meio do caminho e tentou reconstruir sua trajetória com uma primeira parada no Guarani e agora na Ponte Preta. Mal sabe que tal decisão lhe obrigará a sempre demonstrar excelência.
Em Campinas, vestir a camisa rival faz com que o jogador tenha sempre que provar algo. Prestes a iniciar sua quinta passagem pela Ponte Preta, o centroavante Roger até hoje é cobrado pela passagem em 2010 no Guarani. Parece que sempre é obrigado a provar algo.
Longuine entrou contra o operário e anotou o gol da vitória. Festa nas arquibancadas. Perdão temporário. Tudo resolvido? Ledo engano. Se negar fogo no próximo sábado contra o Paraná, as cobranças retornam. Tipo na linha “nem deveria encontrar-se aqui pois jogou no rival”.
Rafael Longuine terá que se desdobrar. A torcida deveria contemporizar. Afinal, a qualidade técnica do elenco já não é essas coisas e Longuine, apesar dos pesares, é um dos destaques. É atleta para ganhar jogos. Deixá-lo confortável e satisfeito, é o passo inicial não só para abrir caminho para seu bom rendimento mas para que a própria Macaca construir boa campanha na Série B.
(Elias Aredes Junior)