Criar novos times de futebol feminino sem derrotar o machismo interno na Ponte Preta será confissão de incoerência

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A Ponte Preta teve uma boa ideia ao anunciar a criação categorias de base para o futebol feminino. A equipe já conta com um time profissional e com calendário regular. A expectativa é que 110 meninas participem dos testes focados na seleção das jogadoras.

Ótima ideia. Principalmente se levarmos em conta que novamente a Macaca abraça o pioneirismo. No exato instante de crescimento da modalidade, cria-se um novo flanco para aquisição de novos fãs e de mercado.

Só que toda essa intenção pode ir por água abaixo se um adversário poderoso não for derrotado: o machismo. E que na Ponte Preta manifesta-se nos mínimos detalhes.

A Ponte Preta é um clube do bolinha. Não existe uma única mulher atuante nos corredores políticos do Majestoso, cujo sexo feminino também é sub-representado dentro do Conselho Deliberativo.

Interessante observar tal fenômeno em um clube que tem em Conceição e Donana as suas torcedoras mais emblemáticas. E cujo mascote é a Macaca.

Futebol feminino é urgente e necessário. Mas a mulher  deve ocupar outros espaços dentro da estrutura da Ponte Preta. Sem perder tempo.

(Elias Aredes Junior)