A vitória sobre o Palmeiras trouxe alento ao torcedor bugrino. Alguns pontos positivos estamos careca de saber. O faro de gol e a versatilidade de Davó, a experiência de Armero, o dinamismo de Ricardinho e a voluntariedade de Lenon.
Outros pontos foram surpreendentes, como a boa atuação de Bruno Silva e um desempenho sem sustos de Klever, que fez defesas importantes. Duro é que nem tudo na vida é perfeito.
O técnico Roberto Fonseca ganhou um vasto campo de observação para detectar e consertar problemas táticos. Na defesa principalmente. Boa parte das chances do Palmeiras surgiram por ineficiência no rebote defensivo. A zaga cortava mas não tinha perspicácia para afastar de uma vez ou para sair ao jogo.
Quando perdia a posse de bola, verifica-se um Guarani com alguma dificuldade de recomposição. Não existia a preocupação dos atletas ficarem próximos uns dos outros, o que abriu espaço para a velocidade palmeirense. Melhorou na etapa final, mas longe daquilo que pode ser considerado ideal.
Como o Alviverde tem dois laterais com aptidões ofensivas, seria de bom grado abusar das viradas de jogo. Pense o quanto o Guarani ganharia se por exemplo, Lenon dominasse no lado direito e acionasse Armero para disparar no rumo do gol.
Percebe-se a intenção do técnico em melhorar a qualidade do passe, com Igor Henrique e Ricardinho na marcação. Em alguns momentos o revezamento travou. Nada que treinamentos e uma boa conversa não resolvam.
Independente das falhas, algo precisa ser dito: a postura foi outra. Emocionalmente, o time se recompôs após tomar o gol e trabalhou o empate ou a virada.
Não foi um desempenho para arrancar suspiros. Mas deu perspectiva de busca dos 40 pontos salvadores para a manutenção na Série B.
(Elias Aredes Junior- foto de Leticia Martins-Guarani F.C)