O torcedor da Ponte Preta não sabe mas revive momentos das temporadas de 2011, 2012 ou de 2014 em 2019.
Os dirigentes e responsáveis pelo departamento de futebol podem até negar mas todas as decisões, resoluções e pessoas arregimentadas pela diretoria comprovam uma clonagem dos métodos administrativos do ex-presidente Márcio Della Volpe.
Quando foi a largada? A partir da demissão de Marcelo Chamusca, que bem ou mal, foi uma aposta solitária de José Armando Abdalla Junior. Sua saída motivou o recrutamento de Gilson Kleina, que estava fora do Majestoso desde 2017. E porque Kleina tem o DNA de Della Volpe? Simples. Ele deu o aval para que Niquinho Martins, hoje empresário fosse buscar o técnico do então coadjuvante Duque de Caxias no final de 2019.
Com sete vitórias e dois empates na reta final da Série B, Kleina virou o novo xodó da atual diretoria.
Que vivia aos trancos e barrancos com Marcelo Barbarotti. Saída consumada, quem foi escolhido seu substituto? Gustavo Bueno, cuja primeira passagem como responsável pelo futebol começou em meados de 2014, quando Márcio Della Volpe ainda era o presidente.
O que dizer então de Jorginho? O ex-lateral da Seleção Brasileira só apareceu na vida da Ponte Preta porque Jorginho lhe contratou em meados de 2013 e junto com ele disputou a final da Copa Sul-Americana.
É um quebra-cabeça intrincado e com frutos irregulares colhidos pelo ex-presidente, hoje afastado da vida política da Macaca. Ao apelarem para quadros lançados ou já testados por Della Volpe, a atual diretoria, no fundo, demonstra falta de criatividade e de coragem para bancar em novos rostos.
A decisão é apostar em que já fez história. Tomara que esse DNA tenha sido copiado de modo bem sucedido.
(Elias Aredes Junior)