Pontegate: as responsabilidades e as missões da imprensa em um caso que abalou as estruturas da Macaca

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Apesar de encontrar-se quase excluída da luta pelo acesso á divisão de elite, é bem possível que a Ponte Preta  tenha instantes de turbulência na entressafra. Primeiro pela necessidade de reformulação no elenco. Sem contar a crise política detonada após as denúncias contra o ex-diretor de marketing, Eric Silveira.  Neste episódio especifico a imprensa local terá um papel fundamental.

Seremos obrigados a alargar nosso conhecimento. É um caso intrincado, complexo e que demanda cuidado, estudo e principalmente cautela. Ninguém pode ser inocentado ou culpado de modo precipitado. Algumas correções de rota devem ser feitas.

A primeira é intensificar a abordagem sobre o trabalho do Conselho Deliberativo. É preciso conversar, trocar ideias e principalmente dar projeção aos conselheiros, que no final das contas, serão os responsáveis pela conclusão do processo.

Os ex-presidentes devem ser colocados nos holofotes e com entrevistas esclarecedoras. Vanderlei Pereira, Sérgio Carnielli, Marco Chedid, Nivaldo Baldo, Marcos Garcia Costa, Pedro Antonio Chaib, Lauro Moraes…Nomes que já sentiram na pele os desafios e as delicias de presidir um clube popular. Como evitar problemas como esse? O que era feito no período de cada gestão? Testemunhos que podem iluminar o futuro e forçar aquilo que foi registrado no passado.

E a tarefa urgente: bloquear os boatos e especulações. Exemplo claro: na quarta-feira, uma informação sobre uma possível renúncia de José Armando Abdalla Junior correu o mundo. Não havia fundamento e sentido e alguns embarcaram no clima de pânico.  Perde a torcida, patrocinadores e especialmente a instituição.

Nós, jornalistas esportivos, temos o dever de fiscalizar o poder. Ou quem tem ambição de retomá-lo. E é por esse motivo que todos os gestos de ambos os lados devem ser seguidos com responsabilidade, equilíbrio e criticidade.

Sempre cobro qualidade e competência nos clubes campineiros. Pois eu digo que agora a tarefa é nossa. Um trabalho de excelência irá esclarecer o público e indiretamente ajudar na melhoria de uma instituição centenária e que não merece conviver com o desmando e a incompetência.

(Elias Aredes Junior)