Felipe Moreira, aquele que deixa a Ponte Preta sem produzir nenhum legado

6
1.802 views

Felipe Moreira não é mais auxiliar técnico fixo da Ponte Preta. Triste constatar que nas redes sociais o profissional foi associado a muitos fatos negativos ocorridos na Ponte Preta.

Seria o momento dele sair de cena e parar, pensar e refletir. Não só procurar um novo lugar para ganhar o seu pão de cada e sustentar sua família. O que todo cidadão digno merece. Mas algo ele deveria buscar: a construção de um legado. Deixar algo positivo para ter sequência para o substituto.

Felipe Moreira trabalhou vários anos na Macaca e não há relato de nenhum jogador que tenha saído por suas mãos. Ou quando assumiu o profissional não há noticia de que o seu esquema de jogo ou metodologia de trabalho serviu de exemplo. Tenho convicção que capacidade não lhe falta. Tanto que quando assumiu em definitivo, em 2017, sua nomeação suscitou debate tão intenso que parecia despertar em definitivo uma espécie para o torcedor pontepretano ficar envolvido com o clube como retratamos neste texto aqui. Ledo engano. Tudo fumaça. Não passou de boas intenções.

Fez cursos no exterior, formado em Educação Física e uma pessoa que convive com um personagem histórico da Ponte Preta, o ex-meia e técnico Marco Aurélio Moreira.

Que ninguém se engane: João Brigatti voltou porque deixou sua marca em todas as suas passagens. Sua vibração e modo como encarna o futebol é de certa forma um legado. Assim como o técnico Leandro Zago. Por que a torcida pediu seu nome? Porque ganhou títulos, revelou atletas e tinha uma maneira de jogar.

Gilson Kleina só teve paciência porque acumulou vários saldos positivos: acesso em 2011, semifinalista do Paulistão de 2012 e finalista em 2017. O tempo pode passar mas ninguém pode apagar a passagem de Kleina na história da Macaca.

Que fique a lição para Felipe Moreira. Trabalhar é nobre. Digno. Só deixa uma marca na história quem tem obsessão em fazer história.

(Elias Aredes Junior)