A torcida da Ponte Preta é inflamada. Apaixonante. Criativa. Destemida. Fora do padrão. Disposta a encarar tudo e todos para fazer valer sua paixão.
Confesso que neste período de pandemia uma curiosidade aguça a mente: o que fará o torcedor para transmitir energia e fazer com que seu amor vire combustível para os jogadores buscarem as vitórias?
Os estádios estarão fechados e nenhum tipo de aglomeração será permitido. Pode ser uma arapuca para o Covid-19 fazer a festa. Só que é preciso que a mobilização continue intensa e surpreendente.
A história demonstra por A mais B que a torcida da Ponte Preta faz jus ao papel de 12º jogador. As caravanas pelo interior paulista na década de 1960, a presença em finais de Paulistão, a lotação do estádio do Pacaembu em final de Sul-Americana, a interferência decisiva para buscar vitórias em clássico contra o Guarani…Poderia passar horas e horas e enumerar exemplos que não podem ser ignorados.
Hoje, tudo estará limitado. Frio. As partidas contra o Novorizontino e Mirassol, caso o Paulistão seja completado não terão torcida. E no Brasileirão, o drama será idêntico. Torcedores do lado externo do estádio? Além de ser contraproducente em período de pandemia não tem o mesmo sabor de uma arquibancada.
Sobra a internet. Aguardo com ansiedade para verificar os caminhos que serão traçados pela torcida pontepretana para superar mais este desafio. Só tenho convicção de um fato: quando os atletas entrarem em campo, eles não se sentirão sozinhos.
(Elias Aredes Junior)