Ponte Preta no Paulistão: até que ponto João Brigatti merece ser cobrado?

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A Ponte Preta não tem saída e precisa buscar uma vitória diante do Novorizontino, nesta quarta-feira, às 19h15, na Arena Barueri. É a única maneira para sonhar com a fuga do rebaixamento e até a buscar uma classificação. Agora, qual o peso de João Brigatti em toda a história?

Lógico que se o pior acontecer as cobranças serão inevitáveis. E ele sabe disso. Especialmente porque talvez no dérbi ele poderia fazer um trabalho melhor e não conseguiu. Pelo contrário. As alterações táticas e a perda de gols produziram uma derrota indigesta. Mas ele deve levar a maior parte de culpa?

Se olharmos apenas para o retrato na parede sim. É o que fica. Uma retrospectiva livra a barreira do treineiro. Erro iniciado na renovação de contrato do técnico Gilson Kleina. Que teve toda autonomia para montar um time de acordo com suas características e filosofia de jogo. Quando a bola rolou, nada deu certo. A equipe se desencontrou e podemos dizer que o único lampejo surgiu no triunfo diante do Corinthians. E só.

Brigatti foi convocado a consertar uma casa com alicerce comprometido. Destruído. Impossível pedir que ele faça um milagre. Poderia ser melhor? Sim, poderia. Mas o fato é que ele ganhou uma nova chance. Teve tempo para alguns treinos e reciclar os seus conceitos. Dentro de suas possibilidades, Brigatti faz o que é possível.

Ou dá para esperar milagre com esse time aqui: Ivan; Jefferson, Wellington Carvalho, Henrique Trevisan e Guilherme Lazaroni; Dawhan, Bruno Reis, Vinicius Zanocello, João Paulo; Alisson Safira e Bruno Rodrigues.

E se nada der certo? O dedo deve ser apontado para quem é de direito: Sebastião Arcanjo, o Tiãozinho, Gustavo Bueno e o colegiado de futebol, formado entre outros por Sérgio Carnielli e Vanderlei Pereira. Culpar exclusivamente o atual treinamento é colocar uma cortina de fumaça e tirar a culpa de quem realmente deixou a Macaca no buraco.

(Elias Aredes Junior)