Estudo da Itaú/BBA demonstra que Ponte Preta demoraria 17 anos para pagar dívida com Sérgio Carnielli

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21/05/2013 - Esporte - Paulo Santana - Sergio Carnielli - Entrevista com Sérgio Carnielli, eleito pelos conselheiros da Ponte Preta, como presidente de honra. Na imagem: Ségio Canielli, presidente de honra da Ponte Preta. Foto : Dominique Torquato/AAN

Levantamento realizado pelo banco Itau e pela BBA e divulgado na quarta-feira, dia 29 de julho, demonstra que a Ponte Preta demoraria, no mínimo, 17 anos para pagar a dívida que tem com o presidente de honra Sérgio Carnielli e com outros credores, caso decidisse utilizar 20% de suas receitas  médias totais dos últimos três três anos para esse fim. O resultado foi obtido a partir do cálculo da divida com o empresário, outras personalidades físicas e jurídicas e  atual capacidade financeira da agremiação.

Na composição da dívida, R$ 115 milhões são dividas onerosas líquidas e desse total R$ 101 milhões é dívida com o Presidente de honra;outros R$ 34 milhões são referentes a impostos e a diretoria pontepretana  já afirmou em vezes anteriores que já estão parcelados e sob controle; outros R$ 13 milhões são referentes a dividas operacionais. O total é de R$ 162 milhões sendo que 62,34% do total deste montante é devido ao ex-dirigente que ficou no cargo máximo de 1997 a 2011.

De acordo com o estudo assinado por César Grafietti na página 61, o quadro vivido pela Ponte Preta só não é pior do que a do Botafogo, que demoraria 19 anos para quitar seus compromissos. No ano passado, de acordo com o estudo, a receita total média pontepretana foi de R$ 47 milhões nos últimos três anos. Em 2017, o valor disponibilizado foi de R$ 68 milhões. No ano seguinte, o valor ficou em R$ 40 milhões e em 2019 em R$ 33 milhões.

O documento esclarece, no entanto, que a situação pontepretana precisa ser analisada com cuidado, pois boa parte da dívida está nas mãos de apenas uma pessoa. Mesmo assim, a receita para sair do buraco não deixa de ser amarga, especialmente porque algumas variáveis não foram contabilizadas. “ (…)Mas como exercício não considera custos financeiros, isso significa que o prazo certamente seria pelo menos 3 ou 4 anos acima disso”, afirmou o estudo. “A solução vem através de aporte de recursos, seja virando empresa, seja vendendo ativos (sedes sociais e atletas),controlando gastos e investimentos. Ou o processo levará a um estrangulamento em algum momento”, avisou o texto.

O trabalho traz noticias desanimadoras ao se levar em conta a capacidade atual da Ponte Preta de pagar dividas e bancar negociações. Na atual conjuntura, a Ponte Preta deve ligar o sinal de alerta em virtude do fato de sua geração de caixa ser três vezes inferior a divida anual que deve ser paga, segundo o Itaú/BBA.

Sinal de que existe um longo trabalho pela frente. Pelo fato de nunca ter caído para a Série C, a Ponte Preta nunca saiu do trabalho do Itau/BBA. O inauguração foi a partir do acesso obtido na Série B em 2011.

(Texto e reportagem: Elias Aredes Junior)