Em 2020, temos que reafirmar o óbvio para a imprensa de alcance nacional: foi a Ponte Preta que ganhou e conseguiu a classificação; não foi o Santos que perdeu!

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Interessante como algumas expressões ou frases são utilizadas de modo equivocado e  inconsciente. Logo após o embate na Vila Belmiro, vários veículos de comunicação enfatizaram o confronto mas com a predileção de exibir o conceito de que o Alvinegro praiano caiu fora da competição. Engano: foi a Macaca que obteve a classificação. Na bola.

O conceito deveria ser utilizado se a Ponte Preta fosse beneficiada por um jogo santista com grande volume de jogo e que gerasse uma bola fortuita e que a Macaca chegasse ao gol redentor. Não foi nada disso.

O primeiro tempo deixou a desejar para as duas equipes. Ninguém jogou futebol e o gol santista foi fruto de uma desatenção da zaga pontepretana.

No segundo tempo, a história foi  diferente. Deu para perceber nitidamente que Brigatti e sua comissão técnica tentaram criar uma conjuntura para aproveitar-se da expulsão do atacante Marinho, que até naquela altura era o principal destaque do duelo.

O que fizeram? O time foi adiantado para o campo ofensivo e pressionou o Santos; abusou da bola parada e celebrou o empate com Bruno Rodrigues. Insistiu na estratégia e conseguiu a virada. E na sequência não teve força física e inspiração para empatar. Quando o enfoque jornalistico é para a desclassificação do Santos a impressão é que a Macaca não fez nada para merecer. Não foi nada disso.

Tradução: a Ponte Preta, dentro de suas limitações buscou e perseguiu o resultado. Não caiu do céu. Não foi um acidente. Não foi o Santos que perdeu, foi a Ponte Preta que ganhou. Merecidamente.

É algo bobo? Sim. Mas no Brasil atual somos obrigados a reafirmar até aquilo que é óbvio.

(Elias Aredes Junior- foto comunicação Santos)