Eliminada nas semifinais do Paulistão contra o Palmeiras, a Ponte Preta gerou um sentimento de orgulho no torcedor. A limitação estava exposta, mas teve luta, dedicação e superação.
João Brigatti saiu maior após as quatro partidas e tem um pouco de tranquilidade para preparar a equipe para a segundona nacional.
Algumas lições devem ser assimiladas. A primeira é que resultados não modificam qualidade e características dos jogadores. Bruno Reis continua limitado, Apodi ainda deve uma melhor apresentação, Wellington Carvalho e Henrique Trevisan não inspiram confiança na zaga e as opções no banco de reservas são escassas. Osman e Moisés são boas alternativas ofensivas, mas se levarmos em conta que vai começar uma maratona de 38 jogos, o quadro requer mais aquisições. Quem era limitado antes da pandemia, também foi após a paralisação.
A outra lição fica na conta da diretoria de futebol e o seu colegiado. Se Brigatti e atual comissão técnica conseguiram tirar um rendimento melhor é a prova de que parte (parte!) do problema estava na desatualização da comissão técnico anterior, adepta de um jogo mais físico e da ligação direta. O problema deu consequências negativas durante todo o segundo turno da Série B do ano passado, quando a Ponte Preta foi a 15ª colocada em 19 rodadas com 20 pontos. Decepcionante. Ou seja, Gilson Kleina infelizmente não embalou.
O técnico deu todos os sinais de que uma troca de comando técnico não era delírio. No final, a diretoria e o colegiado de futebol dobrou a aposta e quase quebrou a cara. Aliás, colegiado, não. Sebastião Arcanjo, Gustavo Bueno, Sergio Carnielli e Vanderlei Pereira. Estes dois últimos, integrantes do colegiado de futebol.
Que fique a lição. Planejamento bem executado não pode ser feito pela metade. Caso contrário, o fracasso é quase certo. Não é toda hora que aparece um Brigatti e profissionais identificados na sua frente.
(Elias Aredes Junior)