Victor Ramon fez a diferença contra a Chapecoense. E se a comissão técnica tivesse levado em consideração a opinião das redes sociais?

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No sábado, após a vitória contra o Athletico-PR, o técnico do Palmeiras, Abel Ferreira, fez questão de oferecer o triunfo ao volante Ramires, que teve o contrato rescindido. E cunhou uma frase: “As redes sociais são uma droga”. Ele disse no sentido de entorpecente, de ser capaz de destruir vidas e reputações.

Minutos depois, trabalhei na vitória do Guarani sobre a Chapecoense por 2 a 0. Um desempenho seguro, correto, sem sustos. Ao verificar o que ocorria no gramado foi impossível ignorar a frase do técnico portugues.

Perceba que a dupla de zaga, em boa parte do jogo, foi formada por Bruno Silva e Victor Ramon. O primeiro, devido as más atuações na posição, quase foi colocado para fora do clube e teve um recomeço no Brinco de Ouro na posição de volante e graças a confiança depositada por Felipe Conceição. Se fosse pelos protestos dos torcedores nas redes sociais, o atleta estaria fora.

O mesmo caso aplica-se a Victor Ramon. Falhou contra o Cruzeiro e foi condenado. Poucos tiveram a capacidade de entender que um garoto, quando demonstra falhas recorrentes, é culpa muito mais do seu processo de formação e não do seu desempenho.

Para a sorte dele, a comissão técnica não deu ouvidos as redes sociais, portais, podcasts e bancou sua manutenção. Consequência: atuação correta e  gol feito contra a Chape.

O torcedor deve deixar de opinar nas redes sociais? Nada disso. Só considero um absurdo inocentar qualquer opinião absurda com a justificativa de que tudo é movido a paixão. Somos seres racionais. E deveríamos controlar nossas emoções até um esporte com tamanha comoção como o futebol.

Sorte que Felipe Conceição e sua comissão técnica tem seus próprios critérios. E que parecem bem distantes do tribunal das redes sociais.

(Elias Aredes Junior-foto de Thomaz Marostegan/Guarani FC.)