Série B: jogadores, torcida? Nada. É o campeonato dos treinadores

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Perceberam que não existe nenhum jogador que é cantado em prosa e verso na Série B? Breno Lopes, um dos poucos destaques, agora está no Palmeiras. Passamos rodada após rodada comentando os resultados e sem dar destaque a ninguém do gramado. Motivo: nunca a Série B deu tanto palco aos treinadores. Eles são os artistas.

Não é difícil saber o motivo. Calendário apertado, desgaste excessivo dos atletas e sai na frente quem passou pelos temporais do futebol brasileiro e deixar o seu trabalho em pé. Ademir e Messias certamente vão figurar em qualquer lista da seleção final do campeonato, mas o foco no América Mineiro está em cima de Lisca, que desde o começo deste ano formulou um trabalho calcado na força do conjunto.

O que dizer então de Pintado? Ele se reinventou no Juventude.  Leitor aguçado dos jogos a beira do gramado, consegue extrair o máximo dos seus atletas e sustentou a competitividade mesmo após a saída de Breno Lopes. Um feito.

Impossivel ignorar o trabalho de Umberto Louzer. Derrotas para Cruzeiro e Guarani não tiram seu brilho. Tomar nove gols em 24 rodadas é comprovação de trabalho sólido, com contra-ataque afiado e eficiente nas conclusões. Líder com méritos.

Detecte que os times que oscilam tem como principal característica a ausência ou interrupção de trabalho. Pego como exemplo o Cuiabá, até bem pouco atrás um integrante do grupo de classificação, mas a saída de Marcelo Chamusca só trouxe prejuízo.

Assim deverá ocorrer até o final. O treinador que conseguir implantar as suas ideias e receber apoio da direção, certamente cumprirá seus objetivos. Se o banco de reservas não apresentar os resultados desejados, pode escrever: o acesso ficará no desejo. Ou terá que empreender uma luta ainda maior para alcançar o olimpo.

(Elias Aredes Junior)