Análise Ponte Preta: não seria de bom tom desprezar o desempenho no primeiro tempo contra o CSA

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Apesar da contrariedade de algumas pessoas, confesso que gostaria da manutenção da postura pontepretana no primeiro tempo contra o CSA para as próximas rodadas. Não foi um futebol agradável de se ver, mas diante das informações que temos à disposição, foi a estratégia mais adequada.

Por que? Chegar a conclusão de que ocorreu erro na escolha dos zagueiros é chover no molhada. Quase todos decepcionaram. Não apresentaram o rendimento desejado. Muito longe do ideal. Evitar que a bola chegue neles ou no mano a mano é a saída. Como? Congestionando o meio-campo e com marcação pelos lados. Foi o que ocorreu nos 45 minutos iniciais em Maceió.

Vamos deixar a arrogância de lado e entender o básico: o treinador, por pior que você o considere, tem muito mais informações para tomar as decisões que ele toma do que qualquer cronista esportivo ou torcedor. Não somos donos da verdade. E por isso, que, com o tempo aprendi a direcionar meu foco no seguinte: eu preciso analisar aquilo que está sendo proposto em campo e não o meu gosto pessoal. Até porque a minha predileção pode ir por água abaixo se eu entrar dentro da estrutura.

Dito isso, recorde que todos foram colaborativos na marcação na etapa inicial. Guilherme Pato compensava a limitação de Léo Pereira e por outro lado o meia Camilo se desdobrava tanto para levar a bola ao campo de ataque como também encostar em Wanderley. Mas a prioridade é cercar, impedir a progressão e o volume do jogo do adversário. Um opção correta se levarmos em conta a fragilidade do sistema defensivo da Macaca e a necessidade de descarregar Dahwan de tantas obrigações defensivas. Ouso dizer: se Apodi estivesse apto, a história seria diferente porque ele daria fôlego ao contra-ataque na etapa inicial. Apesar de todos esses problemas, o fato é que a Ponte Preta pouco permitiu ao CSA. Fato.

E no segundo tempo? O time jogou um pouco mais aberto, deu espaço ao adversário e tomou dois gols. Claro, não conseguir marcar Rafael Bilu, que abriu pelos lados e emparedou os laterais ajudou e muito.

Saldo? Que sem uma boa dose de cautela, dificilmente a Ponte Preta será competitiva. É a realidade. Dura, mas cristalina.

(Elias Aredes Junior com foto de Álvaro Junior-pontepress)