Potência máxima no motor e manutenção da ousadia: a receita do Guarani para receber a bandeira quadriculada do acesso

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Se o Guarani fosse um carro de corrida e disputasse uma prova de longa duração, como as 500 milhas de Indianapólis, certamente a sua torcida ficaria inconsolável nas primeiras voltas, com as sucessivas quebras, pneus detonados e a ultima posição.

Não estaria na bolsa de apostas para ser um vencedor. Só que não deveria protagonizar um vexame. Ao final da primeira metade da corrida, sobraram 20 carros na pista e o carro verde estaria na 15ª colocação.

Eis que em uma das paradas, um novo mecânico assume a coordenação e manutenção do carro. Um acerto aqui e ali, novos pneus e eis que de repente, o carro, antes azarão, agora está na sexta posição, apesar das limitações do piloto. E vai com o pé embaixo. Confiante. Com ultrapassagens sensacionais e ousadia que há muito tempo não se presenciava.

Não considere uma loucura a comparação. Não há como ignorar uma equipe com a liderança do returno com 26 pontos, quatro pontos a mais, que o América Mineiro, adversário do dia 02 de janeiro, a partir das 21h, no estádio Brinco de Ouro.

O que era distante virou realidade. O Guarani sonha e luta pelo acesso. A aceleração precisa ser integrada com estratégia e analise da conjuntura.

Nesta reta final, o Alviverde terá quatro jogos no Brinco de Ouro. Além do Coelho Mineiro, o gramado do Brinco de Ouro receberá a Ponte Preta, o Vitória e o Juventude. No turno inicial, destes 21 pontos disputados, o Guarani ganhou 11, aproveitamento de 52,38%. Se tal desempenho for repetido, o Guarani terminaria com 58 pontos. Ótima pontuação, mas insuficiente para carimbar a promoção.

Fique tranquilo: a matemática não está de cara feia. Segundo Tristão Garcia, do site Infobola, o Guarani está vivo na disputa. Juventude, atual quarto lugar, tem 36% de possibilidades, um por cento abaixo do CSA (37%) enquanto o Guarani está  com 29%. O Avaí está com 17% enquanto que a Ponte Preta ficou com 15% de possibilidades. O Sampaio Correa tem 12%.,

Para o Guarani, o trunfo é continuar com pé embaixo e confiar que o carro sustentará a velocidade para receber a bandeira quadriculada.

(Elias Aredes Junior- Com foto de Thomaz Morostegan-Guaranipress)