Uma análise sobre o Guarani em diversos recortes de tempo e a conclusão: a estrada da redenção é longa!

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Todo fato ou instituição pode ser analisado em curto, médio ou longo prazo. Clubes de futebol não ficam atrás. Uma retrospectiva recente poderá levar a conclusão de que a temporada do Guarani não foi ruim. Pelo contrário.

Um clube com notórias dificuldades financeiras, disputas políticas adormecidas e na prática a espera de um novo estádio e Centro de Treinamento chegou a decisão do Torneio do Interior e certamente ficará entre os 10 primeiros da Série B do Campeonato Brasileiro. Se levarmos em conta que a folha de pagamento não deve passar de um R$ 900 mil, a relação custo-benefício é positiva. Diria muito positiva.

Ao alongar o prazo de avaliação, o quadro muda um pouco. Se juntarmos as edições de 2017, 2018, 2019 e deste ano na Série B do Brasileirão chegaremos a conclusão que o Guarani ainda não encontrou um perfil. No primeiro ano passou um sufoco danado. No ano seguinte, chegou a sentir o cheiro do acesso.

Em 2019, amargou a zona do rebaixamento no turno inicial e escapou graças a um desempenho espetacular no turno decisivo, o que de certa forma se repetiu em 2021. É bom porque demonstra poder de reação e por outro a falta de um desempenho linear. O ideal? A regularidade das edições de 2009 e 2018 para chegar ao olimpo.

No longo prazo, a década recentemente encerrada mostrou algo doido: desde a década de 1970, foi a primeira em que o Guarani não disputou a divisão de elite um ano sequer. Efeito colateral de um clube destruído pela política, disputa de vaidades e ausência de recursos.

Pegue os três cenários descritos e a conclusão é óbvia: a caminhada até a redenção total é longa e tortuosa. Que o Alviverde saiba escapar das armadilhas.

(Elias Aredes Junior)