As redes sociais e aplicativos de mensagens foram invadidos por mensagens e flayers a respeito de um evento marcado para o dia 02 de março em um hotel na cidade de Campinas.
O “Forum Pontepretano” de debates será um evento que terá como meta debater os assuntos que não são debatidos no Conselho. De acordo com os organizadores, a premissa é dar voz aos conselheiros contribuintes e ouvir a experiência dos mais antigos. Segundo o o texto enviado o evento por aplicativo de mensagem “não é um grupo que se preparará para montar uma chapa, mas conselheiros dispostos a qualificar o debate com propostas e debate democrático”.
O texto em si, mesmo que a proposta seja de inclusão, é um tiro no coração do atual presidente do Conselho Deliberativo, Tagino Alves dos Santos. Ora, é uma questão de raciocínio: se o texto afirma que não há liberdade de expressão dentro do Conselho Deliberativo para todos , o principal culpado é o comandante da instituição, correto!?
E cabe perguntar: se não existia espaço para manifestação, o que foi feito para inverter esse quadro? Pedro Maciel, um dos organizadores da reunião do Dia 02, já fez parte da mesa do Conselho.
Por que suas medidas para inverter este quadro de cerceamento não deram resultado? Foi boicotado? O que impede a oxigenação democrática dentro do Conselho Deliberativo?
Apesar dos cuidados sanitários adotados, não há deixar de apontar uma incoerência. Enquanto reuniões do Conselho Deliberativo são feitas de modo remoto, este evento é pensado de modo presencial. Não combina.
Vou além: a intenção do evento em médio e longo prazo fica quebrada logo de cara por um dispositivo: Sérgio Carnielli e seus apoiadores não querem conversar. Involuntariamente, eles recusam a democracia. A intenção parece sempre a de desqualificar opositores, jornalistas com espirito críticos e qualquer grupo refratário as suas visões e opiniões. Assim como conselheiros que fiscalizam o clube também não querem diálogo com Carnielli. Impasse total.
Sinto decepcionar os adeptos desta terceira via, mas isso nada mais é do que enxugar gelo.
Como encontrar saída diante deste quadro? Que aliás, é delicadíssimo. Só um doping de democracia resolve. Mas quem quer tomar este coquetel? Aguardemos a resposta.
(Elias Aredes Junior)