Balanços financeiros divulgados pela Ponte Preta em seu site oficial e registrados na Federação Paulista de Futebol mostram que desde 2017, a Macaca registrou uma queda de 30,69% do seu patrimônio liquido.
De acordo com as normas contábeis, o resultado do patrimônio liquido é obtido a partir da apuração dos ativos e passivos da agremiação. O ativo refere-se a dinheiro registrado na conta bancário, quantias apuradas na venda de jogador e todas as receitas que o clube tem a receber. O ativo inclui o estádio, centro de treinamento, a Unidade das Paineiras, que são imobilizados.
No lado do passivo estão as dívidas com bancos, jogadores, fornecedores e com os governos municipal, estadual e federal. Ao descontar o ativo com o passivo você chega ao resultado do patrimônio liquido. “Isso nada mais é do que o saldo líquido que o clube tem a cada 31 de dezembro de cada ano”, afirmou o especialista em finanças no esporte, Amir Somoggi.
E o saldo pontepretano deprecia ano após ano, de acordo com informações do próprio balanço. Em 2017, a Macaca tinha um patrimônio liquido de R$ 94.246.438. No ano seguinte, o valor caiu para R$ 81.927.945. Em 2019, nova queda foi registrada: R$ 70.108.063. No dia 31 de dezembro de 2020 o valor fechou em R$ 65.319.409.
Duro é constatar que o quadro pode ser pior. “Na parte do ativo, a Ponte Preta registra valores de jogadores que não vai vender. São valores estratosféricos”, analisou Somoggi. “O patrimônio líquido já está negativo. Pode vender o estádio por valor alto, mas não tem dinheiro ou faturamento. A divida não para de crescer e é com uma pessoa (Sérgio Carnielli) e precisa se entender com essa pessoa”, completou Somoggi. (texto e reportagem: Elias Aredes Junior)