Nas minhas participações nos programas da rádio Brasil sempre tenho algo em mente: o duro de contratar um jogador de parcos recursos técnicos é que uma hora ele será utilizado. E pode comprometer o planejamento, seja de uma partida ou de um campeonato inteiro.
Vamos dizer sem cerimônia: o volante Ìndio tem decepcionado. Não falta luta, dedicação, superação por parte do atleta. Mas a parte técnica ele falha demais. Passes errados em demasia que proporcionam a posse de bola ao oponente e dificuldade para realizar um posicionamento adequado quando o Guarani tem a posse de bola. Dois defeitos? Concordo. Mas que comprometem o processo inteiro.
A sua saída e a entrada de Rodrigo Andrade proporcionou uma melhoria de produção considerável. A vitória por 5 a 2 passa pela maneira como o camisa 31 deu velocidade a transição e facilitou o trabalho de Régis?
Com Indio isso poderia ser repetido?
Díficil saber. Mas é fato que pela filosofia de Daniel Paulista, Ìndio é um jogador com características diferentes para quem deseja um esquema propositivo. Bom que se diga: em um esquema de trabalho com forte sistema defensivo e que atuasse no contra-ataque, Índio teria sua utilidade. Não é o caso do atual Guarani.
Consequência prática: Rodrigo Andrade é titular absoluto. Sem contestação. E qualquer rumor sobre sua saída gera apreensão. Eduardo Person, por sua vez, esquecido e em processo de recuperação muitos já querem a sua recuperação. Para que, na pior das hipóteses, seja o reserva de Rodrigo Andrade.
E Ìndio? A missão de Daniel Paulista é evoluir o jogador e viabilizar que seja um personagem inserido no processo. E com produção de bons frutos. Do jeito que está não dá para ficar.
(Elias Aredes Junior)