Na programa “Domingo Bola”, do portal Só Dérbi, veiculado neste domingo, dia 27, o presidente do Conselho Fiscal do Guarani, Fábio Araújo, além de explicar o processo de montagem e divulgação dos balanços financeiros realizados pelo clube desde 1989, fez uma radiografia do quadro atual vivido pelo clube.
E as perspectivas são de um lado esperançosas, porque a situação financeira parece controlada mas por outro as sequelas de anos e anos de administrações temerárias ainda são sentidas.
Exemplo acabado disso está no processo de pagamento das rescisões contratuais em cada virada de temporada.
Explica-se: todo mês de dezembro, existe um planejamento para decidir sobre contratação e dispensa de jogadores. Em relação aos atletas demitidos, seus salários são pagos com obediência a legislação, que é de 60% dos valores são registrados na carteira de trabalho e outros 40% são relativos a direito de imagem.
Daquilo que é pago de acordo com o registro, é necessário dispender quantias para quitar valores referentes a FGTS, férias, 13º salários e outros direitos.
Qual o problema?
Como o Guarani está com sua capacidade financeira reduzida, de acordo com Fábio, o pagamento destas verbas são parceladas.
Resultado: em determinados meses o clube é obrigado pagar quantias que equivalem a um porcentual relevante da folha de salarial do futebol, que hoje está em R$ 800 mil. Fábio Araújo revelou por exemplo que em um dos meses deste mês, só com parcelamento de verba rescisória, o Guarani pagou o equivalente a R$ 300 mil.
Tudo isso gerado por um combo de dívidas, que encontra-se atualmente em R$ 16 milhões na esfera administrativa e de R$ 155 milhões de dívidas junto a União mas que podem ser parcelados, com descontos em multas e juros.
Em resumo: o Guarani, segundo Fábio Araújo, arrecada para pagar o presente e o passado. Assim fica difícil subir de patamar.
(Elias Aredes Junior-foto de Thomaz Marostegan-Guaranifc-divulgação)