Conselho fiscal do Guarani demonstra dificuldade de entrar na arena de disputa do mercado da bola

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Enfatizo há muito tempo que minhas criticas ao superintendente de futebol do Guarani, Michel Alves é que ele não consegue fazer muito com pouco. Algumas contratações são decepcionantes sob o ponto de vista técnico, como o volante Ìndio e outros do passado como o zagueiro Romércio, atualmente no Remo. Difícil de entender a continuidade de Rafael Costa no elenco.

Existem acertos como os armadores Régis, Andrigo e surpresas como o zagueiro Carlão. Só que não adianta entrar em vã filosofia. O torcedor do Guarani quer subir. Não quer campanha mediana. De acordo com informações fornecidas em live do Só Dérbi no domingo pelo presidente do Conselho Fiscal do Guarani, Fábio Araújo, o problema é um e único: dinheiro.

Dois dados são fundamentais para entender a conjuntura. O primeiro é que a folha do futebol do Guarani encontra-se na faixa de R$ 800 mil. E que o teto salarial é de aproximadamente R$ 40 mil mensais. Lembre-se que 20% dos recursos são retirados para pagamento de compromissos junto a Justiça Trabalhista. Resultado: região intermediária de classificação é o destino.

Em uma competição equilibrada como a Série B o dinheiro não é tudo. Basta dizer que, de acordo com balanço financeiro publicado neste ano, o Cuiabá teve neste ano uma receita de R$ 22 milhões para o futebol. Subiu. Isso não exime a necessidade de contar com bom poderio financeiro. Até para competir no mercado.

O Coritiba tem teto salarial de R$ 120 mil mensais. O Botafogo, por sua vez, apostou no inicio do ano em uma folha salarial de R$ 2,5 milhões enquanto que o Vasco da Gama deve seguir em idêntico patamar.

Náutico, líder da competição, preferiu apostar em Hélio dos Anjos e em uma folha salarial de R$ 600 mil mensais. Conceder respaldo para que os frutos sejam colhidos.

Pergunta: diretoria, torcedores e integrantes da comunidade bugrina teriam a mesma paciência? Como a resposta é negativa a resolução é simples: sem dinheiro novo (leia-se investidores) o Guarani está condenado a ser coadjuvante na Série B. Duro, triste, mas é a realidade.

(Elias Aredes Junior-foto de Marcos Ortiz-Guarani F.C-Divulgação)