Nelsinho sai da Ponte Preta. Como acreditar em solução se o elenco é limitado?

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A Ponte Preta é a pior campanha da Série B do Campeonato Brasileiro. Tem nove pontos ganhos. Está dentro da zona do rebaixamento. Teve um rendimento abaixo da crítica no segundo tempo do Dérbi 208. Torcedores tem total razão em criticar, protestar e pedir uma mudança de postura para as próximas rodadas. Nelsinho Baptista pediu demissão. Deve ter sentido que não consegue extrair mais nada do grupo. Torcedores em redes sociais comemoraram sua saída. Esperam pelo próximo nome. Evidente que a responsabilidade do treinador de 74 anos é relevante nesta campanha horrorosa.

Tomou decisões equivocadas, algumas escalações não tinham sentido e por vezes faltou tato. Exemplo prático: como explicar para Gabriel Risso, o especialista da posição, que ele perdeu lugar para um garoto, João Gabriel, que atua improvisado? Difícil. Ou como justificar as constantes mudanças no meio-campo em que um momento determinado jogador servia e em outros não constava no banco de reservas? São critérios, mas acredito que deveria ser melhor explicado.

O portifólio de equívocos de Baptista não faz outros personagens ficarem isentos. Como explicar a forma física de Elvis? De que maneira justificar os atos intempestivos de Jeh no gramado? Vou além: por que não recebem a cobrança devida por parte da torcida e integrantes da crônica esportiva? São integrantes desta comédia de erros que é a Ponte Preta na Série B. Resumo da ópera: sem extrair produção, postura, comprometimento e força dos jogadores, não haverá treinador que dê jeito neste quadro.

(Elias Aredes Junior-Foto de Marcos Ribolli-Pontepress)