Zé Duarte é um mito na história do Guarani. Cheio de histórias e atitudes folclóricas.
Na cobertura do cotidiano do clube, no início da década de 1980, algo chamava atenção: às sextas-feiras, o time jantava no estádio. E era uma refeição demorada, com entrada, prato principal e sobremesa.
De soslaio, mastigando um palito de fósforo, o “Seo Zé” assistia a tudo com enorme satisfação.
Um dia, atropelado pela curiosidade, o então repórter do Diário do Povo, Ariovaldo Izac, não aguenta e pergunta ao treinador:
– Ei Zé, janta na sexta-feira á noite. Amanhã tem treino. E agora?
Agasalho colado no corpo, barriga proeminente, o treinador não perde a pose e dispara:
– Poxa Ari, você deveria saber. A turminha janta agora, enche o pandu (barriga) de comida e fica sem ânimo para sair à noite. Resultado: todo mundo disposto para o treinamento da manhã.
Ari só ouviu a explicação e deve ter concluído: a genialidade encontra-se nos pequenos gestos.
(Elias Aredes Junior)