A bola e suas histórias: um presidente bugrino eufórico e um zagueiro sem papas na língua

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A Série B de 2009 foi marcante para o Guarani. Jogadores desacreditados e sob comando de Vadão levaram o time a divisão de elite.

Um personagem era diferente.

Aliás, muito diferente.

Seu nome: Márcio Alemão. Zagueiro viril no gramado e sem papas na língua nos bastidores. Protagonizava instantes de constrangimento e riso amarelo.

Em dado momento, o Alviverde venceu o Bragantino por 2 a 1, em Bragança Paulista. Três pontos para injetar otimismo.

No dia seguinte, reapresentação no estádio Brinco de Ouro.

Vestiário lotado, risos, resenha e piadas de tudo quanto é lado. Eis que entra o presidente Leonel Martins de Oliveira.

O outrora comerciante sisudo abriu os braços e soltou o brado de júbilo:

– Meus meninos!

Uma catapulta virtual tirou Márcio Alemão da inércia. Caminhou e seu braço forte cumprimentou o dirigente e falou:

– Valeu, presidente! Continue assim! Toda vez que o senhor não comparece aos jogos a gente vence! É isso aí…

Pano rápido. E regenerativo para esquecer o ato falho do zagueiro polêmico.

(Elias Aredes Junior)