A capacidade ímpar da diretoria da Ponte Preta em desperdiçar as chances oferecidas pelo destino

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Torcedor pontepretano, vamos fazer uma viagem no tempo? Precisamente no dia 02 de dezembro, quando foi anunciada a saída de Eduardo Baptista para o Palmeiras. Felipe Moreira foi designado como substituto e o índice de rejeição foi altíssimo. A reivindicação era por um técnico de ponta, capaz de levar a Macaca as maiores glórias.

Chega a pré-temporada, os amistosos e o temor de todos estava explicado: um futebol pobre, sem triangulações, focado na ligação direta, sem ultrapassagem dos laterais e com jogadores nitidamente fora de posição. O aproveitamento era bom? Sim. Só que a perspectiva era temerosa. A perspectiva de rebaixamento no Brasileirão era eminente. Eis que o destino dá um aviso. Jogo contra o Cuiabá, empate por 1 a 1 e desclassificação nos pênaltis pela Copa do Brasil e perda de mais de R$ 600 mil de cota. Crise total e a demissão de Felipe Moreira consumada.

Pois bem. A chance foi concedida. Tudo para atender ao torcedor, ávido por futebol de qualidade e com bom rendimento na temporada. O que faz a diretoria da Macaca? Entra em um racha inimaginável, com disputas por todos os lados e cada um com sua preferência: Enderson Moreira, Wanderley Luxemburgo, Vadão, Gilson Kleina, Doriva, Ney Franco…Eis que surge um outro nome: Adilson Baptista. Um profissional de bons conceitos teóricos, mas que ao longo da carreira perdeu-se em sua vaidade intelectual.

Já são conhecidos e célebres seus embates com jornalistas. Não com a meta de debater ou discutir futebol, mas para desqualificar o oponente. “Eu entendo tudo e vocês não sabem nada”!. Não é difícil imaginar que isso deve ter acontecido com dirigentes.

Dentro do campo, uma equipe confusa, com movimentação indefinida e com espaço aos oponentes. Resultado: a demissão  e o ostracismo abatia-se sobre sua trajetória. Se existe 170 jogos no Cruzeiro como escudo, Adilson Baptista tem uma série de bombas sob o seu currículo: como a participação em campanhas de rebaixamento com Joinville (2015), Grêmio (2004), Atlético-PR (2011), Atlético-GO (2012) e Vasco (2013).

Isso quer dizer a sua exclusão do mercado de trabalho? Calma, vamos nos aprofundar.

Adilson Batista só deu certo no Cruzeiro porque ele começou a temporada de 2008 e teve total respaldo da família Perrella. Outra: a facilidade técnica do Campeonato Mineiro, com um oponente na prática, abriu caminho para que ele fizesse quase que uma pré-temporada coroada com o título. Posteriormente, permaneceu até junho de 2010 e deixou como legado um sistema de jogo com três volantes. Detalhe: não contesto seu conhecimento sobre futebol, que é vasto e aquele Cruzeiro teve instantes interessantes. Só que não tem didática. Zero.

Digamos que o portifólio cruzeirense tenha sido decisivo para sua contratação. Como dar certo diante da inexistência de dirigentes fortes e presentes na mídia e no dia a dia para bancar o trabalho do treinador? Como esperar sucesso pela inexistência no elenco de jogadores versáteis, de múltiplas funções, algo que é claro em sua predileção de trabalho? De que forma a Ponte Preta espera sucesso de Adilson Batista sendo que ele assume durante a temporada e sua característica de trabalho não é de pegar o trabalho desde o começo?

Certamente a indicação de Adilson Batista é uma aposta pessoal de Gustavo Bueno, admirador dos seus métodos de trabalho e conhecimento de futebol. No entanto, tal decisão demonstra uma característica da atual direção da Ponte Preta: o talento de desperdiçar as oportunidades oferecidas pelo destino.

(análise feita por Elias Aredes Junior)

14 Comentários

  1. Elias não sei oq te move em persistir apenas e tão somente criticando as decisões da atual gestão da Ponte. Será q não te conforta pensar em o quanto a Ponte arrecada, em relação ao Ranking em q ela se encontra no cenário nacional????…..Será q o Brasil todo valoriza o trabalho desenvolvido,(trabalho esse alvo de elogios na Espn, Fox, Esporte Espetacular, Band Sp…etc…)e so a imprensa de Campinas, bairrista e tendenciosa , não apoia???? Já está pegando mau meu caro, a imparcialidade jornalística está caindo por terra a cada comentário seu. Pensa nisso..

  2. Se você acha que a diretoria da Ponte Preta faz um trabalho perfeito, fique com sua opinião e eu fico com minha, ok?!

  3. Ok, óbvio q fico c minha opinião.Agora você como “formador” de opinião que infelizmente é, pelo sua atvidade jornalística, deveria ser menos tendencioso. Isso pega mau, longe de mim pensar algo…mas sou forçado a isso tamanha repudia q vc apresenta da atual gestão. Abraço. E p ficar bem claro, não vivo do futebol, não como do futebol e portanto apenas democraticamente analiso em função doq ouço e leio. Alias tenho te acompanhado muito, e oq vejo e sinto é mágoa pessoal acima de qq cunho jornalístico meu camatada.

  4. O Elias bate muito pesado na diretoria. Por vezes, parece um torcedor transvestido de jornalista de tão “romântico” que é. Ignora todas as vertentes de como se fazer futebol profissional e competir com clubes com 30x mais dinheiro.

  5. por entender e saber como são as nuances do futebol que considero o trabalho deficiente…Dava para fazer mais e melhor com o mesmo dinheiro…

  6. não tenho mágoa pessoal. O trabalho poderia ser muito melhor. E na boa, de jornalista vaselina e contemporizador o Brasil está cheio…

  7. Parabéns Elias pelo seus comentários,sem rabo preso com ninguém ( ao contrário de certas mídias) continue sendo esse jornalista imparcial e sempre lutando a favor do clube !! Obrigado,se existissem mais jornalistas como vc a mídia seria muito melhor

  8. Elias continue com o bom trabalho crítico. A falta de torcida no majestoso é mais do que prova que a diretoria é amadora e conservadora.

  9. Parabens elias pelo seu otimo trabalho mostrando as merda que esta diretoria amadora tem feito no comando da ponte preta nos os macacos da capital admiramos seu trabalho parabens

  10. Joaquim Brandão

    Caracas Elias, você recebeu a visita de dous defensores desta nossa querida atual diretiria de 29 anos… Um deles, inclusive, num tom um tanto ameaçador: não como do futebol, não vivo do futebol… Mas você vive, meu caro Elias… O que eu gostaria de saver do Neto e do Samuel, é o que eles veem de bom, em um clube, sim porque antes da nossa Ponte Preta ser um time, é um clube, e como tal, tem sua estrutura em cima de seus bens… Mas o que dizer, meus caros Neto e Samuel, de um clube que queima os seus bens, alegando serem deficitários, o que não era até alguns anos atrás, e principalmente, por carregar uma dívida de cento e cinquenta milhões. Para fechar com chave de ouro, temos um time mediocre… Tudo bem, virou a ultima rodada em primeiro, mas a que custo? E susto… É a isso que vocês chamam de boa administração?.

  11. Sou torcedor do Guarani, mas meus comentários são sempre pautados pela mais pura justiça e mais rígida imparcialidade.

    Os torcedores da AAPP não entendem que a diretoria está agindo corretamente. O Carnielli é o Messias da AAPP. Sem ele, a AAPP já teria sido extinta. Todos sabem disso.

    Portanto, deem carta branca ao Carnielli, apoiem-no. Pois ele sabe o que está fazendo.

  12. Joaquim, sou empresário em Limeira e tbm não vivo do futebol e não conheço ninguém que na Ponte Preta trabalhe. Defendo a diretoria pois acredito que essa é a melhor gestão da Ponte pelo menos nos últimos 30 anos. Crescemos muito em todos os sentidos e aspectos. A diretoria é acusada de ser fria e pensar muito em números e balanços financeiros. Se assim não fosse, já teríamos falido! Não é hora da Ponte Preta pensar em títulos! Não ainda! Estamos quase lá! Precisamos de mais 2 ou 3 anos segurando as Finanças com rédeas curtas e nos mantermos na série A para aí sim, materializar esse sonho. Títulos sem estrutura não é nada! Qual o legado do título do Paulista? Do Criciúma? Do Santo André? Do São Caetano? Do Guarani? O legado é zero! Aliás, esses clubes tivessem tido uma administração como a que temos estaraiam protagonizando no cenário nacional e não lutando para existir.