A luta de Marcelo Cabo: ser recontratado pelo Guarani. Entenda os motivos neste artigo

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A semana foi agitada no Guarani após a derrota para o Paraná. Dirigentes apareceram para bancar a manutenção da Comissão Técnica; torcedores organizados arrebentaram com os tabus e protagonizaram uma conversa tensa com a direção e jogadores; Fumagalli entra na linha de combate e engrossa o discurso pela recuperação. O elenco faz uma reunião dura, a portas fechas e sem a presença de nenhum componente da Comissão Técnica.  Apesar das frases protocolares de apoio, algo fica evidente: Marcelo Cabo precisa ser “recontratado” pelo Guarani.

Explico: quando foi arregimentado pelo Conselho de Administração, o ex-técnico do Atlético-GO e do Figueirense surgiu como solução para colocar uma pitada de organização e variação em um esquema tático que na visão dos frequentadores das salas de gabinetes era o culpado pelo time encontrar-se fora da zona de classificação. Ou seja, Vadão foi colocado na Cruz. Sem direito a julgamento.

Os empates com Vila Nova e Paraná exibiu um treinador confuso,com oscilações na exibição de um esquema tática, um preâmbulo do que aconteceria diante do Paraná. A goleada por 4 a 0 era o reflexo de um time sem alma, desmotivado, bagunçado, sem uma jogada treinada e sem perpectiva. Neste contexto, qual a solução? Mandar o técnico embora. Simples assim.

Em ato de coragem, o presidente bugrino Palmeron Mendes Filho bancou sua permanência e ainda prometeu chegar aos 50 pontos. Apesar do histórico desfavorável, de ter prometido respaldo para Vadão e ter descumprido, o gesto não deixa de ser relevante.

Só que os dias passam e todos os personagens envolvidos – jogadores, dirigentes e torcida- de um jeito ou de outro mostram que não concordam com aquele estado de coisas. Não aceitam a permanência do comandante. Como o regime de qualquer clube é presidencialista, no fundo, no fundo, o que todos fazem é encontrar uma saída para salvar o clube sem a necessidade do treinador.

O que resta a Marcelo Cabo? Usar todos os trunfos possíveis e imagináveis para reconquistar a confiança dos jogadores e torcer por um bom resultado diante do Paysandu. A partir daí comprovar não só para Palmeron, mas também para os outros integrantes do C.A e torcedores que merece continuar. Ou seja, ser “recontratado”. Mãos a obra Marcelo Cabo!

(análise feita por Elias Aredes Junior)