A má fase de Camilo e o sintoma de algo muito maior na Ponte Preta

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Thalles entrou no segundo tempo e na primeira participação marcou seu gol. Teve protagonismo em outras jogadas e fez a torcida respirar aliviada.

De imediato, uma conclusão emergiu das redes sociais e dos veículos de comunicação: Camilo precisa sentar no banco de reservas. Atrapalha o time. Thalles é a solução de todos os males.

Nem tanto ao céu e nem tanto a terra. Evidente o rendimento decepcionante de Camilo. Desgasta-se fisicamente de modo acelerado, erra passes e uma falta de inspiração que só produz decepção a quem depositou esperanças em sua contratação.

Esse é o lado que justifica uma possível colocação do atleta de 35 anos no banco de reservas.

Quero propor um exercício de reflexão.

Por que Camilo adotava tal comportamento?

Imagine você dentro do campo. Tente-se colocar no lugar de um jogador de boa trajetória, bons momentos e inserido em uma equipe bagunçada taticamente? Que abusa do chutão. Sem imaginação e criatividade. Desconectada de qualquer conceito do que é o verdadeiro futebol.

Você não tentaria resolver a situação?

Não daria carrinho, marcação na saída de bola ou tudo que estivesse dentro do seu alcance para resolver o quadro? Pois é. Camilo fez a mesma coisa. Pagou o preço.

A má fase de Camilo não é causa e sim consequência de tudo aquilo de equivocado que ocorreu com a Ponte Preta em 2021.

Se o time não for ajeitado dentro do campo e sem ordenação administrativa, sabe o que vai acontecer? Daqui alguns você pedirá a cabeça de Thalles.

(Elias Aredes Junior-Com foto de Álvaro Junior-Pontepress)