A primeira vista a missão do torcedor do Guarani para homenagear a Chapecoense parece fácil. As cores das duas agremiações são semelhantes (verde) e a trajetória da Chape na Sul-Americana lembrava muito do que foi feito pelo alviverde campineiro para conquistar o país em 1978.
As alternativas estão colocadas a mesa: sair á rua com a camisa da Chape, aderir ao programa de sócio torcedor para ajudar a reerguer o time ou utilizar as torcidas organizadas para uma homenagem ao sofrido torcedor que frequenta a Arena Condá e que agora viu tudo desabar.
Isto não é suficiente. É preciso ir além.
Ninguém é bobo de detectar a irracionalidade do futebol. De encontrar em um fato banal o motivo para tirar um sarro ou detonar um espiral de violência. Um absurdo. Que fique claro: o torcedor do Guarani não pode e não deve encaminhar qualquer tipo de gracejo ou gozação caso a Ponte Preta, enquanto instituição promover homenagem a Chapecoense na rodada final do Campeonato Brasileiro no dia 11 de dezembro. Se qualquer uniforme ou algo for feito pelo rival tiver a cor verde não há o mínimo espaço para retaliações nem hoje ou no futuro.
Parece utópico e fora de moda fazer este pedido, mas nestes dias de consternação e sofrimento vivido pelo Brasil, o que o torcedor ou qualquer dirigente do Guarani deve fazer é elogiar atitudes de grandeza por parte da Ponte Preta. Mais: uma comissão formada pelo presidente do Guarani, Horley Senna, da Ponte Preta, Vanderlei Preta, representantes das comissões técnicas dos clubes e representantes das torcidas deveriam comparecer em Chapecó para prestar solidariedade não em nome de bugrinos ou pontepretanos e sim do futebol campineiro. A hora é de união e de multiplicação de sentimentos, nunca de divisão.
Nesta temporada, troca de fardas de lado a lado transformaram a rivalidade entre bugrinos e pontepretanos em algo perigoso. Uma tragédia de proporções poderia servir para deixar as coisas no seu devido patamar. Ou seja, tudo dentro do gramado. E no dia a dia tratarmos como realmente somos: seres humanos. O Guarani e sua torcida poderiam dar um passo relevante nesta direção.
(análise feita por Elias Aredes Junior)
Não sei porque levantar isso agora nesse momento ninguém no mundo esta preocupado com cor de camisa , não e isso q move o mundo nesse momento q esta todo o mundo sensibilizado com essa tragédia pode vestir a camisa do guarani vamos parabenizalos da chapecoense então bateremos palmas nessa hora não existe rivalidade pelo amor de Deus!
Elias, sei que já o critiquei nesse espaço democrático. Porém, há dois elogios que eu, de fato, sinto-me obrigado a fazer.
Primeiro, você tem o dom de lidar com as palavras. Isso é inquestionável. Habilmente, você brinca com as palavras e, claramente, transmite a sua mensagem.
Segundo, parabéns por usar as palavras para o bem. A linguagem é o instrumento mais flexível que existe: pode ser usada tanto para causar as mais terríveis destruições, como para produzir os mais profundos sentimentos e mais nobres ações.
Que Deus o abençoe.