Na entrevista coletiva realizada na terça-feira, o técnico Allan Aal não escondeu a sua satisfação pela implantação da regra nas Séries A e B que proíbe o rodízio exacerbado de treinadores. “O mais importante é a conscientização, a leitura de que o futebol, mesmo sendo uma coisa passional, que envolve pressão, que envolve até mesmo alguns interesses extracampo, demanda tempo para as coisas acontecerem”, afirmou o treinador.
Allan Aal precisa defender tal tese. Por dois fatores. Primeiro porque ele já percebeu uma lentidão para a implantação do seu esquema de trabalho, mesmo com a boa vontade dos jogadores ou a disponibilidade de atletas como Davó, regularizado na tarde desta quarta-feira pelo Boletim Informativo Diário. Talvez o déficit seja coberto pelo período de treinamento, em que ele teve tempo para implantar o seu trabalho.
O outro ponto é que, mesmo que não queira, Allan Aal tem uma sombra sob a sua prancheta: Felipe Conceição. Esqueça. Não há a mínima chance de troca de treinadores.
Mas a cada que disputou no Paulistão e sem um jogo fluído e natural, Allan Aal precisou conviver com o história da comissão técnica anterior, cujo os resultados vieram em tempo recorde.
Se ultrapassar o Paulistão e alcançar a Série B, o técnico bugrino sabe que terá um escudo para desenvolver o seu trabalho e esperar os frutos na competição nacional. Não nego, entretanto, que viver no fio da navalha não é fácil.
(Elias Aredes Junior)