Alta cúpula do Guarani diverge sobre sequência de Marcelo Cabo e ainda não definiu plano B

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Apostar na evolução do time ou priorizar os resultados? O Guarani está dividido sobre o trabalho do técnico Marcelo Cabo. A derrota por 2 a 1 para o Paysandu foi a segunda dele no comando do time alviverde – também perdeu por 4 a 0 para o Paraná. Os empates contra Vila Nova e Boa Esporte iniciaram a trajetória de Cabo em Campinas, mas já têm peso consideravelmente menor na avaliação.

Apesar do respaldo público do presidente Palmeron Mendes Filho, o Conselho de Administração (CA) nunca escondeu que Marcelo Cabo dependia dos resultados para permanecer. Por isso, além do jogo contra o Paysandu que já está sob avaliação, a partida contra o Criciúma, no sábado, às 19h, no Brinco de Ouro, será fundamental. Se o Guarani perder para os catarinenses, um funcionário já ativo no Brinco de Ouro será efetivado para ocupar o cargo.

Luciano Dias, atual coordenador técnico, segue entre os cotados apesar da rejeição da torcida, enquanto integrantes do CA também querem apostar em Umberto Louzer já visando o projeto da Série A2 do Paulistão de 2018. Louzer comandou o Paulista de Jundiaí recentemente e dirigia os treinos táticos da equipe nos tempos de Vadão.

Se existem os que desejam encerrar o ciclo de Marcelo Cabo no Brinco de Ouro, também há quem defenda a permanência por conta da corrida contra o tempo na luta para se distanciar da zona de rebaixamento. O presidente Palmeron e pessoas ligadas indiretamente ao futebol ainda acreditam em Cabo, mas a resistência é forte.

A discussão existe e a indefinição permanece. Marcelo Cabo aparenta estar inseguro no comando pela falta de respaldo e o Guarani sem saber o caminho que será trilhado na Série B. Enquanto isso, o elenco diz acreditar em dias melhores.

(texto e reportagem: Júlio Nascimento)

1 Comentário

  1. O que dizer da chegada do Cabo? Foi, sim, uma tentativa válida. Paremos para pensar. O Cabo é o atual campeão da Série B. Ninguém é campeão de um campeonato tão disputado, com 38 rodadas, sem ter um mínimo de competência. Os resultados do treinador, nesse ano, não estavam bons, mas a diretoria resolveu fazer uma aposta, baseada no desempenho de 2017.

    Não quero retirar a responsabilidade da diretoria, mas há dois fatores que temos que considerar no futebol: 1) ninguém tem bola de cristal; 2) futebol, por mais que se profissionalize, sempre será um jogo.

    Por isso, eu afirmo: tecnicamente, a diretoria do Guarani não errou de retirar o Vadão e trazer o Cabo. Mas, factualmente, pode ser que tenha errado. Essa declaração não é contraditória justamente devido ao fato de o futebol ser um jogo.

    Agora, sobre o jogo do próximo sábado, se não vier uma vitória, infelizmente, o Cabo não terá clima nenhum de continuar. Mas o plano B precisa ser pensado com muita inteligência. O ideal, ao meu ver, seria um especialista em tirar times da degola.