Análise: A noite em que a vitória do Guarani vale mais do que o desempenho coletivo

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O Guarani precisava de todas as formas vencer o Criciúma. A pressão pela derrota no dérbi, o péssimo aproveitamento do adversário – agora são cinco derrotas e nenhum ponto ganho – e a falta de confiança entre os jogadores eram fatores que obrigavam o Bugre a conquistar o resultado positivo.

Apesar do baixo público no Brinco de Ouro da Princesa – 2.511 pagantes -, não faltou apoio e entrega em campo. O Alviverde começou a ganhar antes mesmo do apito inicial. Umberto Louzer foi inteligente e escalou Rafael Longuine e Anselmo Ramon, pela primeira vez, como titulares. Erik, em péssimo momento, e Bruno Mendes, de volta após um mês de inatividade, foram para o banco de reservas. E parecia que a dupla já estava no time desde a pré-temporada.

Os dois, ao lado de Rondinelly e Bruno Nazário, construíram boas jogadas. Se não fosse a falta de eficiência nas finalizações e as boas defesas do goleiro adversário, o time de Campinas teria ido ao intervalo com placar elástico. O camisa 11 bugrino, contestado diante da Ponte Preta, mostrou vontade e oportunismo para balançar as redes de Luiz. Só não marcou o segundo porque a arbitragem não deixou.

Se no primeiro tempo o desempenho foi satisfatório e o único vacilo foi não ter aproveitado as chances, na etapa complementar tudo mudou. O Guarani perdeu força ofensiva, apostou nos contra ataques e na velocidade de Erik, novamente apagado, e sofreu na defesa. O frágil time catarinense tentou de todas as formas, pressionou, mas não empatou. Graças às defesas de Bruno Brígido – elogiá-lo tem sido redundante – e à incompetência adversária, o placar não mudou.

O Bugre deixou o campo sob vaias. Atitude totalmente compreensível de um torcedor frustrado pela derrota no dérbi e que não saiu satisfeito com o desempenho. A empolgação que tomava conta há um mês, hoje, dá espaço à insegurança. Tudo passa, desde que os resultados aconteçam.

Amigo bugrino, cá entre nós: é melhor vencer de 1 a 0 como foi e ter paz para respirar pelos próximos dez dias ao invés de empatar em casa jogando bem e se afundar na Série B do Campeonato Brasileiro. Se a atuação não foi das melhores, o resultado é excelente. Afinal, se o objetivo inicial é de permanência, vencer um adversário direto é fundamental.

(análise: Lucas Rossafa/foto: Letícia Martins – Guarani Press)

1 Comentário

  1. Como falei em outro post, do meio pra frente a coisa nao ta feia.
    Ontem, o problema foi a oscilação de produtividade, mas o time melhorou bastante com o Longuine e com o Anselmo Ramon, dando uma outra cara e moblidade.
    A defesa que continua batendo cabeça, e ai eu ja nao sei se é falta de introsamento ou se nao temos defensores competentes.
    SObre ontem ainda, o que nao deu pra entender foi, como o Guarani queria jogar no contra atque, se qundo aparecia um contra ataque, chegava só com dois jogadores no ataque?
    Isso aconteceu umas 3 vezes ou mais no 2 tempo.