Análise: a Ponte Preta deveria desistir do Palmeiras antes da bola rolar? Claro que não!

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Se o futebol fosse um esporte prevísivel, a atitude de pensar em vitória da Ponte Preta sobre o Palmeiras seria um delírio, seja qual for o ângulo de análise. Pelo retrospecto recente no gramado, a Macaca sequer conseguiu classificar-se as quartas de final do Campeonato Paulista enquanto o adversário só caiu na semifinal após disputa de penaltis contra o Santos.

No retrospecto histórico, são 51 vitórias palmeirense, 27 triunfos pontepretanos e 29 empates. No quesito financeiro, a disparidade é vergonhosa. A Macaca levará aproximadamente R$ 25 milhões da Rede Globo, detentora dos direitos de transmissão enquanto Paulo Nobre, além de colocar dinheiro do próprio bolso ainda contabiliza mais R$ 100 milhões pela transmissão de seus confrontos.

Resultado: o Palmeiras vem a Campinas no sábado com jogadores do gabarito de Rafael Marques, Dudu, Gabriel Jesus e Cleiton Xavier. Já a Macaca conta bons jogadores, mas sem a cobertura midiática merecida. Roger foi artilheiro do Paulistão com 11 gols. Se ele fosse jogador de um dos gigantes será que a projeção não seria maior? Sim é a resposta.

Junte esses dados, o espirito desconfiado do torcedor pontepretano, o ingresso a R$ 100 e a sede de títulos do Palmeiras e está formado o caldeirão para uma derrota ou um empate no sufoco? Vitória? Só por milagre. Especialmente se levarmos em conta que na parte inicial da temporada, a Macaca colheu derrotas para Santos e Corinthians e uma vitória no sufoco diante do São Paulo.

Jogo definido? Nada disso. O futebol é o esporte que permite o gigante ser derrubado pelo Davi valente. Não podemos esquecer o fato de que hoje a comissão técnica, mesmo em estágio inicial de trabalho, já deu mostras de que poderá executar um trabalho consistente. Eduardo Baptista jtem lastro suficiente para dificultar as coisas ao Palmeiras.

Jogar na retranca? Avançar a marcação? Congestionamento no meio-campo? Aposta na bola parada com Wellington Paulista? Contra ataque com Felipe Azevedo? Passes precisos de Ravanelli? As variavéis de estratégia são infinitas. A possibilidade de surpreender é real. Então porque o sentimento derrotista?

Não basta habilidade, técnica, disciplina tática, controle emocional e técnico estudioso para atenuar a disparidade técnica e financeira. Sem força mental e confiança é impossível transformar a teoria em prática. Se torcedores e jogadores da Ponte Preta não acreditarem, o que já é díficil por natureza ficará quase impossível.

Não basta sonhar. É preciso acreditar e lutar.

(análise feita por Elias Aredes Junior)