Série C e o longo caminho de reconstrução da imagem do Guarani

0
1.182 views

Quando entrar em campo no domingo, às 11 horas para encarar o Guaratinguetá, no Estádio Brinco de Ouro, com portões fechados, o Guarani sabe que começará a tentar trilhar um caminho de retorno ao olimpo do futebol brasileiro e que fica distante a cada temporada jogada na Série C do Campeonato Brasileiro.

Para verificar o tamanho da queda bugrina, o site Só Dérbi pesquisou o ranking nacional de clubes da CBF a partir do rebaixamento constatado na Série B em 2012 com 41 pontos e na 18ª posição. Naquela ocasião, mesmo com o fim da participação na segundona, o Alviverde ostentava a 26ª colocação com 6006 pontos. Para se ter uma ideia da boa posição no ranking, basta dizer que o Guarani estava a frente de equipes tradicionais como Fortaleza, Criciúma e São Caetano.

Com a frustração da campanha na Série C de 2013 (6º lugar com 24 pontos), a consequência surgiu no ranking, quando caiu para a trigésima posição com 4781 pontos acumulados. Veio a temporada de 2014 e o Guarani, mesmo com as contratações dos técnicos Evaristo Piza, Vagner Benazzi e Marcelo Veiga, o Alviverde foi incapaz de classificar-se para as quartas de final da competição. Terminou na sétima posição do Grupo B com 24 pontos. Resultado: 39ª colocação no ranking com 3631 pontos.

Turbulências políticas, acordos firmados de parceria e a decepção insistia em permanecer. Ademir Fonseca, Paulo Roberto e Pintado não realizaram o sonho da torcida bugrina em participar das quartas de final pois ficou na sexta posição com 29 pontos. O fruto amargo foi colhido no ranking, com a 46ª colocação, com 2649 pontos. Pior: agora está atrás de equipes como Macaé(RJ), Icasa (CE) e Luverdense (MT).

Se conseguir o acesso e sagrar-se campeão da Série C, o Guarani sabe que ultrapassar  20 times e retornar ao patamar de 2012 não será fácil. Basta dizer que o campeão da terceirona leva 200 pontos e na Série B o vencedor fica com 400 pontos e na divisão de elite com 800. O caminho é longo.

(texto e reportagem: Elias Aredes Junior-Foto de Rodrigo Villalba-Memory Press)