Análise-Após a derrota para CRB, Roberto Fonseca pode falar: a culpa não é minha!

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A derrota do Guarani para o CRB não foi totalmente desastrosa. Sim, é isso que você leu. Não é delírio. Ficar mais uma rodada na zona de rebaixamento e intensificar a pressão da torcida talvez tenha gerado um adendo inesperado: a transparência de quem são os verdadeiros culpados pela péssima fase bugrina.

Nas oito primeiras rodadas era fácil apontar o dedo. Vinicius Eutrópio não deu padrão de jogo, escalava mal e os resultados não vinham. Dessa vez, culpar Roberto Fonseca é excesso de má vontade. Conseguir uma vitória contra o Palmeiras foi a demonstração de que algo era feito nos treinamentos.

Diante do CRB as mudanças de posicionamento era claras. A equipe estava orientada a seguir determinado rumo. Nada acontecia. O poder de reação era limitado. Nem tanto por culpa do técnico e sim pela qualidade do material e pela conjuntura das escolhas feitas pelo departamento de futebol profissional e que teve a chancela do Conselho de Administração.

Que em nenhum momento da atual temporada demonstrou disposição em buscar fontes alternativas de recursos que não fosse a infinita discussão da terceirização.

Resultado: com leque de opções limitadíssimo, algumas decisões foram tomadas e cuja as consequências são sentidas. Veja o caso de Lenon. Profissional exemplar, com boas partidas com a camisa do Guarani, percebe-se claramente que não tem a pegada da passagem anterior. Frustração por ter saído do Vasco da Gama? Problemas particulares? Profissionais? Só ele pode responder.

A dedicação de Ferreira é comovente. No entanto, do que adianta ser eficiente em 10 jogadas e falhas naquela que resulta em gol? Ele é um bela opção para Série C. Não há demérito nenhum. Cada profissional tem seu nicho de mercado. A segundona impõe dificuldades ao zagueiro. Claro e cristalino.

Deivid Souza é outro modelo acabado dos equívocos na gestão do futebol. Não deu certo na sua primeira passagem. Por que daria certo agora?

Roberto Fonseca tem capacidade para triunfar e fazer história. Mas as opções feitas na montagem do elenco e a inoperância do Conselho de Administração demonstram que seu trabalho para ser bem sucedido terá que flertar com o milagre.

(Elias Aredes Junior)