Análise: Fernando Bob pode sair? Não é hora de lamentar e sim de agir. Rápido!

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A força do dinheiro mostra suas garras em instantes indigestos. Especialmente para times de médio porte e vitimados pela disparidade de distribuição de cotas de televisão. Prestes a disputar o seu terceiro jogo no Campeonato Brasileiro, a Ponte Preta está prestes a sofrer mais um baque em menos de um mês pois o São Paulo está disposto a pagar R$ 3 milhões por 70% dos direitos federativos do volante Fernando Bob.

Não poderia existir notícia pior. Na prática, a Macaca perde um jogador com bom passe, capaz de coordenar as jogadas do meio-campo e acionar os jogadores de velocidade. William Pottker, Clayson e Lucca eram acionados por intermédio de seus lançamentos longos e viradas de jogo na zona intermediária. João Vitor? É bom jogador, tem poder de marcação interessante, mas longe de contar com a técnica e visão de jogo de Fernando Bob.

Condenar a diretoria? Fica difícil. Quando aconteceu a repatriação do volante, os recursos financeiros eram escassos, a necessidade de jogadores no elenco era urgente e os dirigentes pontepretanos aproveitaram um instante de baixa do jogador no Internacional.

Poderia ter fixado um patamar mais baixo de valor de compra? Poderia.  Como o atual presidente da Ponte Preta preza pela racionalidade econômica não existia outra saída.

O que importa agora é tomar providências práticas. A Macaca perdeu seus principais jogadores, o contra-ataque ficou no passado e a missão da diretoria é repor qualidade com pouco dinheiro.

Claudinho, recentemente contratado, está pressionado a substituir os velocistas e Renato Cajá precisa entrar em forma, não só para justificar a expectativa das arquibancadas, como substituir Bob na questão dos lançamentos longos e inversões.

Não há tempo para lamentos. É preciso agir com rapidez para evitar a degradação de uma campanha de manutenção e com espaço para ser histórica. Que não vire pesadelo.

(análise feita por Elias Aredes Junior)