Análise: o choro de Bill e a necessidade de retaguarda aos garotos da Ponte Preta

0
1.397 views

Atacante emprestado pelo Flamengo, Bill ficou comovido e emocionado por ter feito o seu primeiro gol com a camisa da Ponte Preta. Na saída para o intervalo, ele não teve pudor em esconder a emoção para o repórter Gustavo Biano, da EPTV. “Só Deus e minha família sabem o que eu passei… Eu me emociono porque eu lembro… Desculpa, eu me emociono, lembro do meu pai, da minha mãe… Só Deus sabe o que eu passei aqui nesses cinco meses de Ponte Preta. Só agradeço a Deus por me dar forças por ter a família que eu tenho, os pais que eu tenho. É isso, desculpa, não consigo”, afirmou o jogador.

O técnico Gilson Kleina, na saída do gramado, fez questão de enfatizar de que acredita no potencial do atleta, mas que não sabe dos tramites do contrato.

Por ser um garoto e ainda em processo de amadurecimento, tal reação é normal. Afinal, está sozinho, sem parentes e amigos e em uma cidade desconhecida. E sofre uma pressão desmedida para render.

O que falta é o acompanhamento emocional adequado para que ele supere tais desafios. Mais do que reforços no campo, a Macaca precisa contar em 2020 com um profissional da psicologia. Afinal, garotos oscilaram nesta temporada e não receberam o devido resguardo. Ou alguém está feliz com o rendimento de Camilo, que começou bem e depois caiu de produção? E Mateus Alexandre, que antes de ressurgir contra o Brasil foi esquecido?

Que a Macaca fique atenta aos detalhes. E que Bill possa desabrochar o seu talento, seja na Ponte Preta ou em outro clube do Brasil.

(Elias Aredes Junior)