São apenas 11 pontos somados em 13 rodadas. Presença na zona do rebaixamento. A defesa sofreu 16 gols e o ataque não dá sinais de recuperação, com 11 gols, superior apenas aos do Oeste e Figueirense, com nove gols.
Murilo Rangel parece jogar sozinho, tal a debilidade do meio-campo. Para piorar o quadro, o confronto com o América Mineiro, apesar do empate, trouxe um primeiro tempo de horrores e que não ficou pior por causa do Gabriel Mesquita no gol. Fica a pergunta: o que fazer para o Guarani ser competitivo para o dérbi?
Um aviso: não contesto o clichê de que não há favorito em dérbi, de que o mais fragilizado pode surpreender ou que um coelho da cartola pode ser tirado. Não dá para fugir da constatação que o rendimento do Alviverde é uma decepção.
Primeiro penso que o técnico Ricardo Catalá não pode descartar a hipótese de atuar precavido e com reforço do sistema defensivo, com a escalação de dois ou três volantes e assim proteger a dupla de zaga formada por Didi e Walber.
O Guarani vai depender de contra-ataques. Dificilmente a Macaca vai ficar acuada. Seria de bom grado providenciar algum jogador mais veloz e proporcionar uma parceria para Rafael Costa. Para completar, não ficarei surpresa de Catalá escalar Erick Daltro e Bidu no mesmo time. Uma para marcar o lado esquerdo e outro para explorar os avanços de Apodi. Questão de estratégia.
O passe ofensivo todos sabem que ficará a cargo de Murilo Rangel. Claro, desde que não fique perdido na zona central, entre o volante e o zagueiro e seja presa fácil.
Óbvio que a fase não é boa. Evidente que a fragilidade do Guarani traz temor. A classificação fala por si. Então, que os instrumentos sejam utilizados para disputar uma partida de alto nível.
(Elias Aredes Junior)