Em participação na quinta-feira na Rádio Grenal para falar sobre a atual situação do futebol brasileiro, o jornalista Alexandre Praeztel chamou atenção para uma nova característica do futebol brasileiro, que é a autopreservação dos executivos de futebol. Fazem barulho nas vitórias e somem nas derrotas e eliminações. Imediatamente lembrei-me da Ponte Preta.
O executivo de futebol, Gustavo Bueno não pode reclamar. É beneficiado duplamente. É preservado pelo comportamento determinado pelo cargo e pelo DNA. Sim, sei que é duro falar algo nesta linha de raciciocinio, mas o fato é que ser filho do principal camisa 10 da história do clube lhe concede salvo conduto por parte de alguns torcedores pontepretanos.
Ninguém renega as pisadas de bola de Gilson Kleina. São reais. Agora, alguns dias após a derrota para a Internacional de Limeira e de cobrança contra Gilson Kleina nas redes sociais, qual foi a coletiva comandada por Gustavo Bueno para dar explicações? Quando ficou submetido a sabatina da imprensa para explicar o fato de Gilson Kleina ser treinador até abril e a prioridade da Macaca no ano, a Série B, iniciar em maio?
E se verificarmos o passado recente da própria Ponte Preta, nem nos piores momentos no Brasileirão de 2017 Gustavo Bueno foi massacrado como Marcelo Barbarotti em 2019 ou Ocimar Bolicenho em 2012 e 2013, por exemplo. O tom ameno é comprovado porque Gustavo Bueno retornou ao Majestoso. Mesmo com um rebaixamento no curriculo.
Gustavo Bueno sabe que a temporada de 2020 é decisiva para sua trajetória no mundo da bola. Dentro das condições financeiras oferecidas, montou o time da Ponte Preta como quis e deu aval ao treinador. Misteriosamente parece que o dirigente sumiu do noticiário. Ele será sócio de Kleina. Na derrota ou no triunfo. Espero que tenha consciência. (Elias Aredes Junior)