Em conjuntura normal, os dois gols marcados por Bruno Rodrigues diante do Novorizontino e Mirassol seriam suficientes para transformá-lo em nome imprescindível e aposta para uma vitória contra o Santos, quinta-feira à noite, na Vila Belmiro.
Ninguém estranharia se João Brigatti bancasse a manutenção da espinha dorsal do time titular. Inclusive com Roger como reserva. Como futebol é maluco e incoerente, sinto comunicar aos detratores do atacante que deixa-lo fora neste momento beira a insanidade.
Ele perdeu gols na temporada? Concordo. Cometeu um ato de indisciplina no último dérbi? Com certeza. Só que antes de colocá-lo no paredão, seria de bom grado analisar o contexto.
A Ponte Preta vai para um jogo único diante do Santos, na Vila Belmiro. Uma vaga para as semifinais está em jogo. O Santos oscilou? Ok, mas não esqueça de atletas como Marinho e Soteldo, com poder de decisão incontestável e o próprio treinador Jesualdo Ferreira, competente ao extremo.
Pegue a escalação da Macaca. Excetuando-se o goleiro Ivan, capaz de defesas miraculosas, qual outro jogador com poder de jogo para incomodar o oponente? João Paulo poderia ser uma aposta, mas é fato que deve uma produtividade mais efetiva. Vinicius Zanocello? Bom jogador, talento da casa, mas seria imprudente colocar responsabilidade sobre os seus ombros.
Você mexe, vira e chega a uma inevitável: o único jogador capaz de trazer preocupação a defesa adversária e balançar as redes é Roger. Os 90 minutos da Vila Belmiro serão diferentes daqueles que ocorreram em Barueri e em São Bernardo do Campo. Maturidade, consciência e sentido de conjunto são atributos exigidos. Que Roger tenha consciência do desafio que está diante de si.
(Elias Aredes Junior)