180 minutos, 10 alterações. Nenhuma chance para Ricardinho. Fritura lenta e gradual. Até quando?

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Existem situações capazes de criar saia justas por todos os lados. Querem um exemplo? Veja esta evolução de substituições no Guarani. Na derrota para o Botafogo de Ribeirão Preto, Renanzinho  entrou no lugar de Bidu enquanto que Marcelo substituiu Deivid. Giovanny foi ao banco de reservas lesionado e Eduardo Person entrou. Para proporcionar poder de fogo, Alemão cedeu lugar para Waguininho e Rafael Costa  abriu espaço para Júnior Todinho.

Menos de 72 horas depois, o desafio foi contra o time reserva do São Paulo, na Vila Belmiro. Thiago Carpini utilizou Marcelo no lugar de Deivid enquanto que Igor Henrique teve a missão de cobrir as tarefas de Eduardo Person . Lucas Crispim abriu uma lacuna para ser ocupada por Bruno Sávio, enquanto que Waguininho substituiu Arthur Rezende e Rafael Costa saiu para a entrada de  Elias Carioca.

Em 180 minutos foram 10 alterações. Nos dois jogos, Ricardinho estava presente no banco de reservas com a camisa 37. Não foi usado. Não há atitude  mais contundente de que ele está descartado do rol de prioridades da Comissão Técnica.

Fica difícil acreditar que ele não servia. No primeiro jogo, seria natural utilizá-lo na lateral direita ao invés do jovem Renanzinho. Afinal, ele atuou na posição em outros clubes. Resultado: Renanzinho deixou a impressão de que a bola “queimava” no pé. A lesão de Giovanny também serviria como álibi para sua utilização. Nada disso.

Cada jogador tem sua história. Trajetória. Passam por fases horríveis e boas. Mas algo precisa ser preservado: dignidade. Por tudo que fez pelo Guarani, Ricardinho não deveria passar por tal situação. Sem querer me meter em questão administrativa, digo que rescindir o contrato seria a solução normal para encerrar esse cabo de guerra silencioso entre o jogador e o clube.

(Elias Aredes Junior)