Experiente, campeão pelo Cruzeiro, Coritiba e Palmeiras e determinado a buscar um lugar no mercado de trabalho. Marcelo Oliveira entra com a missão de deixar a Ponte Preta dentro do grupo de classificação.
Nas redes sociais, a torcida empreende uma mobilização para apoiá-lo incondicionalmente. Mas qual versão do treinador que estará presente no Moisés Lucarelli?
Ninguém é bobo. Se Fabio Moreno e Juvenilson Souza apoiaram a indicação do departamento de futebol é porque esperam a reprise daquilo que viram especialmente no Cruzeiro e no Coxa: time leve, ofensivo, competitivo, destemido, cheio de triangulações pelos lados, veloz no contra-ataque e que sabia incutir um conceito de conjunto difícil de se ver no futebol atual.
Atualização daqueles conceitos será meio caminho andado para a busca do objetivo. Agora, existe o lado inverso. Não existe alguém com desejo de ver a versão de Marcelo Oliveira exibida no Palmeiras, Atlético Mineiro, Fluminense e no Coritiba em 2017. Equipe espaçada, com muita ligação direta e por vezes sem a imaginação e criatividade.
Quando saiu do tricolor carioca, com o saldo de 12 vitórias, 8 empates e 13 derrotas produziu um aproveitamento de 44,45. Convenhamos: isso está longe de produzir acesso.
Que ocorra a repetição da campanha no Cruzeiro, quando o time mineiro sob o seu comando fez 68,44% dos pontos disputados. Que ocorra uma atualização do seu trabalho e nunca uma reafirmação da sua má fase anterior.
(Elias Aredes Junior)