Nos últimos 180 minutos, o Guarani produziu alento ao seu torcedor. Apesar da derrota para o América, a equipe comandada por Thiago Carpini demonstrou bom posicionamento, recomposição satisfatória e um controle emocional que não tinha sido visto na Série B. Perdeu, é verdade. Com dignidade.
Voltou a campo contra o Londrina e o triunfo por 1 a 0 traduziu um time com limitações (muitas!), mas com capacidade fisica e lampejos no meio-campo. Não dá para fugir da constatação que a defesa ainda é falha e o planejamento de montagem de elenco é uma tragédia. Thiago Carpini driblou os obstáculos e fez acontecer. Palmas para ele.
Só que ele não é santo. Não faz milagre. E apesar de refletir sobre sua efetivação, penso que o assunto está encerrado a partir do instante que Renê Simões for confirmado. O que acrescenta espalhar lobby a favor de Carpini e detonar o trabalho do futuro treinador logo de cara?
Mais: um não exclui o outro; Thiago Carpini pode comandar os treinamentos de campo, corrigir os posicionamentos e ordenar o time taticamente. Quanto a Renê Simões pode ficar encarregado da escalação e trabalhar a questão psicológica, algo que foi preponderante para o rendimento no gramado. Basta ver em campo o Brasil de Pelotas, tão ou mais limitado que o Alviverde e que somou 25 pontos no turno inicial.
O Guarani precisa de gente para somar e nunca para somar. Que Thiago Carpini vai colaborar, eu tenho dúvida. É um cara do bem. Competente e profissional. Que todos no Alviverde tenham o seu procedimento.
(Elias Aredes Junior)