Com a intenção de evitar qualquer tumulto em relação ao trabalho da nova comissão técnica, João Brigatti definiu hoje a sua saída da Ponte Preta. O treinador deixa o clube após tirar a equipe das ultimas posições e deixá-lo próximo da zona de classificação na Série B do Campeonato Brasileiro. “Não quero atrapalhar a próxima comissão técnica”, disse o ex-goleiro ao Só Dérbi.
A reportagem do Só Dérbi apurou que Brigatti internamente cobrou pela contratação de pelo menos mais três reforços para deixar o time com maior variação para realizar as substituições. O pedido não foi atendido com a alegação de que a Macaca não tem recursos.
Na manhã do domingo, dia 02, Brigatti foi chamado para conversar com o presidente José Armando Abdalla Júnior. Na reunião, o dirigente explicou que não havia condição de atender ao seu pedido e que faria a troca do comando da comissão técnica com a meta de amenizar a pressão oriunda da torcida e da imprensa e também na tentativa de buscar um aproveitamento de 70% nas rodadas finais para alcançar o acesso.
“O presidente havia me convidado para permanecer no cargo de auxiliar, que eu tinha antes, e na hora eu topei. Mas passei a noite inteira pensando nisso e acho que o meu relacionamento com a torcida pode prejudicar de alguma forma o Chamusca, que é um excelente profissional. Eu nunca atrapalhei nenhum técnico enquanto estive aqui nem iria atrapalhar, pelo contrário, porém temo que esta proximidade minha com a torcida possa prejudicar num relacionamento que se iniciará com o Marcelo Chamusca”, pontuou o profissional.
Em nota divulgada pela assessoria de imprensa, a Macaca afirma que “entende e respeita a decisão. Mais do que isso, agradece o ex-treinador pelo profissionalismo, dedicação, caráter e espírito guerreiro que sempre demonstrou enquanto esteve na Ponte e deseja a ele toda sorte nos futuros desafios”.
Até agora, a atual gestão teve como técnicos Eduardo Baptista, Doriva e Brigatti. Marcelo Chamusca será o quarto nome na temporada.
(texto e reportagem: Elias Aredes Junior)