Um a cada 60 dias: Com Abdalla, técnico não passa da fase de experiência na Ponte

0
1.537 views

A gestão de José Armando Abdalla Júnior, aclamado presidente da Ponte Preta em 11 de dezembro de 2017, é marcada pela incerteza quando o assunto é escolha de treinador. Em oito meses de temporada, a Macaca já coleciona quatro profissionais à frente da área técnica e sofre com a falta de sequência de trabalho na tentativa de colher resultados positivos em campo.

EDUARDO BAPTISTA:

O péssimo desempenho dentro de campo e a luta contra o rebaixamento no Campeonato Paulista foram essenciais para a demissão de Eduardo, ao lado de Gustavo Bueno, gerente de futebol, em 09 de março, após empate sem gols com o Red Bull Brasil.

Baptista retornou à Macaca em setembro de 2017, por opção de Vanderlei Pereira, após mau aproveitamento da equipe no Campeonato Brasileiro, na vaga de Gilson Kleina, mas não conseguiu evitar a queda – foi crucificado por bancar a titularidade do zagueiro Rodrigo, pivô da derrota para o Vitória. Neste ano, incluindo Estadual e Copa do Brasil, participou de 14 jogos, com três vitórias, sete empates, quatro vitórias e 38% de aproveitamento.

Depois da passagem por Campinas, passou por Coritiba e, atualmente, dirige o Sport.

DORIVA:

A vida de Doriva na Alvinegra durou menos de dois meses. A derrota para o Sampaio Corrêa, em São Luís, foi crucial para que o técnico perdesse o emprego em 29 de maio. O ex-volante reestreou no cargo em 11 de abril, mas teve aproveitamento de 33.3% dos pontos conquistados – três vitórias, dois empates e seis derrotas.

O auge do comandante foi em 05 de maio, quando teve estratégia perfeita para vencer o Guarani, no Brinco de Ouro da Princesa, por 3 a 2, mas o retrospecto em casa na Série B do Campeonato Brasileiro foi determinante na postura dos mandatários. Agora, trabalha no CRB.

JOÃO BRIGATTI:

Desde 2017 como auxiliar fixo, João Brigatti acostumou-se a apagar incêndios na Ponte Preta. Foi assim nas quedas dos técnicos Felipe Moreira, Gilson Kleina, Eduardo Baptista e Doriva. A chegada de Marcelo Chamusca interrompe a quarta passagem do ex-goleiro à frente do cargo. Ao todo, soma 36 jogos e o título do Troféu do Interior.

Na última oportunidade, colecionou 52.9% de aproveitamento, com sete vitórias, seis empates e quatro derrotas desde o empate em 1 a 1 com o Oeste, em 02 de junho. Nesta segunda-feira (3), Brigatti pediu demissão do clube.

MARCELO CHAMUSCA:

Trata-se da cartada final da Macaca na busca do acesso à primeira divisão. Ele desembarca em Campinas para assinar contrato e ser apresentado à imprensa em entrevista coletiva nesta segunda-feira.

Chamusca é o único treinador do país a conseguir acesso nas três divisões nacionais do futebol brasileiro: Salgueiro, da Série D para C, em 2013; Guarani, da Série C para B, em 2016; Ceará, da Série B para A, em 2017.

No Bugre, onde tem idolatria por grande parte da torcida, devolveu o time de Campinas à segunda divisão depois de quatro temporadas. No Vovô, por outro lado, assumiu na oitava posição e terminou o campeonato dentro do G4, em ótima campanha de reabilitação, na temporada anterior.

Veja mais detalhes do comandante aqui.

(texto e reportagem: Lucas Rossafa/foto: Ponte Press)