Aranha, Fábio Ferreira, Grolli: o parâmetro de renovação de contratos na Ponte Preta está nivelado por baixo

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Ninguém deseja ficar estagnado. Evoluir é o desejo de todo ser humano. O futebol não foge á regra. Uma transferência polpuda ou uma renovação de contrato se constituem em passaportes de eficiência e reconhecimento. Pois a Ponte Preta subverteu as regras. Suas decisões demonstram de que algo precisa ser feito para 2017. Um cavalo de pau na concepção e nos critérios de avaliação.

Os exemplos estão ao alcance. Veja o goleiro Aranha. Ele deverá ficar no estádio Moisés Lucarelli. Muitos torcedores celebraram e outros lamentaram. Por que? A divisão acontece porque o arqueiro de 35 anos precisou viabilizar atuações medianas para carimbar seu status de titular.

Faça uma retrospectiva: qual jogo em que Aranha arrebentou e fez uma série de quatro, cinco defesas de alta complexidade, como fazia em 2008 ou 2009 com a mesma camisa da Macaca? Difícil lembrar. A decepção no rendimento não impede de constatar que o mesmo Aranha produz um sentimento de alívio. Sua chegada interrompeu uma série de atuações deficientes de João Carlos e Matheus.

Quando olha-se no mercado, verifica-se que a Alvinegra dificilmente conseguirá um goleiro com relação custo-benefício tão satisfatória. Diante disso, apesar dos pesares, a decisão foi acertada. Só que não podemos ignorar que queiramos ou não, Aranha permanecerá por exclusão e por uma comparação nivelada por baixo, e nunca por desempenho de excelência. Querem outra prova? Faça uma retrospectiva e comparação das atuações de Aranha e de Marcelo Lomba em 2015, um arqueiro hoje alojado na reserva do Internacional (RS). Não há urgência em esticar a explicação.

O nivelamento por baixo não é constatado apenas no gol. Douglas Grolli é cotado como candidato a renovação. Inexplicável a decisão ao olhar a classificação geral do Brasileirão, cuja defesa da Macaca tem 50 gols sofridos. Lampejos de desespero tomam conta do torcedor ao relembrar que a Ponte Preta em um passado recente teve nomes da estirpe de Pablo e Kleber, ambos atualmente no futebol europeu.

Comparar o futebol de Grolli com esses dois jogadores é como estipular no grid de largada um carro importado e um veiculo popular brasileiro 1.0. Preocupante.  Pasmem: Grolli está atrás até de Renato Chaves, hoje suplente no Fluminense.

Grolli comprometeu em alguns jogos e em um mundo normal receberia uma placa de agradecimento, uma nota de registro no site oficial e a vida seguiria em 2017. O problema (ou será solução?) é que ao compararmos Grolli com Fábio Ferreira, por exemplo, o primeiro fica parecendo um Baresi. Antonio Carlos é outro beneficiado com a avaliação com o futebol praticado por Fábio Ferreira.

Bem, você poderá argumentar a este colunista: “Mas Elias, a diretoria da Ponte Preta vai renovar com Fábio Ferreira. Qual o termo de comparação para justificar sua permanência?”. Pois eu digo que existem certas perguntas que talvez nem Deus seja capaz de responder.

(análise feita por Elias Aredes Junior)