Arbitragem, arbitragem. Não vamos falar dos defeitos da Ponte Preta?

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Arbitragens polêmicas a parte, deficiências da Ponte Preta ficaram claras na derrota para o Palmeiras. Nem a reabilitação na Sul-Americana e posteriormente contra o Avaí pelo Brasileirão não podem deixar em segundo plano uma frase dita pelo técnico pontepretano Gilson Kleina na entrevista e que passou desapercebido: “O meu grupo é pequeno”. Ou seja, suas opções são limitadas e impedem mudanças radicais.

Você reclama de João Lucas? Dou total razão, mas saiba que seu reserva imediato, Fernandinho, foi preterido no jogo contra o Santos e a decisão de Kleina foi a de colocar um zagueiro na lateral, Luan Peres. Não existe atacante de velocidade? Concordo, mas é preciso verificar que o reserva imediato dos desligados William Pottker e Clayson atende pelo nome de Lins e não corresponde a expectativa. Como bem disse o treinador após a entrevista coletiva, não dá para apelar e cortar todo jogar que atuar mal porque isso poderia inviabilizar o elenco no futuro.

Aranha é irregular ou não transmite confiança? Em alguns jogos posso até concordar, mas devolvo a pergunta: vai escalar quem? Segundo o site oficial da Ponte Preta, Ivan e João Carlos são as alternativas. Vai arriscar?

Ao fazer tal descrição quero transmitir algo básico: a Macaca tem jogadores com poder de decisão como Emerson Sheik, Renato Cajá e Lucca, suficientes para juntamente com oito companheiros fazer boa figura em uma competição mata-mata ou torneio de curta duração como o Paulistão. Para uma competição com 38 rodadas, em turno e returno, o quadro piora. Muito. Confesso que no início pensei que poderia aguentar a carga, mas o desempenho neste primeiro quarto de campeonato exibiu o contrário.

Se verificarmos de modo pormenorizado dá para dizer que a Macaca não tirou nenhum coelho da cartola. Ou seja, não contratou um jogador que surgiu no campeonato regional, teve destaque e buscava continuidade no Brasileirão.

Culpa das condições financeiras? Em parte. Coritiba, Atlético-PR, Sport e os atuais integrantes da zona do rebaixamento – exceto o Avaí, fraco no geral- tem uma ou outra carta na manga para exibir. Tem melhor poderio financeiro? Sim, mas trabalharam anos e anos para alcançar tal estágio.

O insólito: a ausência de jogadores confiáveis para rodar e conceder descanso ao time titular poderá produzir uma produção pífia ou decepcionante no Brasileirão em médio e longo prazo e um desempenho vigoroso na Copa Sul-Americana. Claro, desde que passe de fase.

Um fato é indisfarçável: o jeito será fazer remendo até o final do ano e torcer para que o nível técnico permaneça igual. Caso contrário, vem sofrimento á vista. Queiramos ou não.

(análise feita por Elias Aredes Junior)

6 Comentários

  1. A verdade nua e crua é que a AAPP está com um time mediano e um elenco fraco. Se os jogadores não se machucarem, nem forem negociados, certamente fará uma campanha tranquila de permanência na divisão. Por outro lado, se perder nomes como Lucca e Nino Paraíba, vai brigar contra o rebaixamento.

    Se a AAPP colecionar 3 ou 4 derrotas seguidas, pode apostar, a casa cai e o time não se recupera. Não tem poderio técnico nem emocional para isso.

  2. Profeta sua análise está correta, mas não se iluda com a colocação do GFC nesse começo de campeonato também.
    O time é pra ficar em meio de tabela

  3. Concordo Batagini. Após essas 10 rodadas, eu classifico o acesso do Bugre como possível. Sem dúvidas, o time mostrou que é possível. Mas ainda não considero provável. Para dizer isso, prefiro esperar o desfecho do primeiro turno.

  4. Profeta, com 3 ou 4 derrotas seguidas até o líder cai umas 12 posições, seja na Série A (Brasileirão) ou Série B (argh, Brasileirinho)

  5. Eric AAPP, acho que não interpretou direito o texto do Profeta. Creio que ele quis dizer outra coisa com “a casa cai”, não foi de posições na tabela, não, isto, com certeza, será uma outra consequência (“o time não se recupera”). Eu acho, também, que na AAPP (aqui o tópico é sobre os defeitos da AAPP, ok?) a casa cai, sim, a pressão que terão Kleina (na primeira derrota frente ao Atlético-GO já o malharam pacas) e os jogadores podem fazer com que o time entre numa espiral semelhante a times que, após boas rodadas iniciais, flertaram com a queda e até mesmo foram rebaixadas.