Arquibancada: A mancha no dia de festa

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O sábado tinha tudo para ser de comemorações. Os jogadores com o uniforme branco em alusão ao título brasileiro de 1978 – que completa 40 anos nesta segunda –, os craques Bozó e Renato exibindo a réplica da Taça das Bolinhas durante o intervalo, usando as camisas comemorativas, e um time que só precisava vencer em casa para garantir a posição no G4.

Apesar disso, infelizmente o Guarani amargou uma derrota de virada depois de ter fechado o primeiro tempo com dois gols contra o líder Fortaleza e não conseguiu segurar o resultado após o intervalo.

A última semana também foi de reviravoltas na diretoria com a pseudorrenúncia do presidente Palmerom – negada pouco após os boatos. Contudo, não acredito que essas indisposições políticas tenham tido nenhuma influência em campo, já que o time segue cometendo erros semelhantes.

A simbologia desse jogo diz muito. No mesmo dia em que se relembra um grande feito do clube, também se entristece com uma derrota. O Guarani não é só um título de quarenta anos atrás, embora seja mais do que necessário enaltecer essa conquista, pois não existe data de validade para um marco histórico. O tempo decorrido não diminui em nada a importância do fato.

Essas datas servem para que jamais nos esqueçamos da grandiosidade do Guarani. A história nos mostra o que já alcançamos e nos relembra todos os dias da essência desse clube e sua torcida.

“Da terra das Andorinhas, de Carlos Gomes e tantas glórias mil, Bugre maravilhoso, tens o Brinco de Ouro e a torcida mais gentil.” (Osmar Santos)

(análise: Flávia Vasconcelos/foto: Guarani Press)