Arquibancada: A surpreendente Ponte Preta

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O jogo de volta entre Ponte e Flamengo entregou mais que o esperado para ambas as torcidas. Para quem esperava um jogo tranquilo para o Flamengo se surpreendeu. A Ponte Preta foi valente nos dois jogos e vendeu caro a classificação.

Com diferença financeira abismal e com elencos distintos em qualidade e reposição, fizemos um jogo muito acima do que muitos pontepretanos imaginavam. Vencer todos querem, mas precisamos ser realistas e analisar os fatos como eles se apresentam. Podemos dizer, sem medo de errar, que os três últimos jogos da Ponte, foram os melhores desde o início de 2018.

Apesar da eliminação, a Ponte mostrou em boa parte do confronto de 180 minutos, um futebol reativo de alto nível que a credencia para pleitear uma vaga ao acesso ao Brasileirão de 2019. Com alguns ajustes e qualificação pontuais no elenco, evoluiremos ainda mais e, por consequência, deixaremos de vez aquela sensação de terra arrasada do início do ano.

Conseguimos encaixar dois jogos contra Flamengo e no Derbi de forma como a equipe vem sendo montada para jogar já há alguns anos; no contra-ataque e reagindo ao jogo do adversário. E fez muito bem isso, impondo seu ritmo no clássico de sábado e em boa parte no jogo de hoje.

Apesar disso tudo, fica a sensação que faltou ao elenco acreditar um pouco mais na classificação ou, pelo menos, nos pênaltis. Algumas decisões equivocadas e, por vezes, falta de técnica ao ataque impediram que a Macaca surpreendesse, ainda mais um Maracanã lotado, com mais de 50 mil torcedores. Mais uma vez, suportamos bem a pressão do estádio totalmente contrário e o time não se intimidou.

No jogo de hoje, percebemos que o time ideal, realmente, é o que iniciou o Dérbi. Com Danilo fazendo dupla com Ourinho na esquerda e na direita André Luiz fazendo parceria com Igor. No meio, o volante André é mais eficiente que Nathan, que não comprometeu, mas tem pouca força no ataque e é comparativamente lento na recomposição.

Felippe Cardoso precisa, urgentemente, se lembrar que não pode ser tão individualista com tem sido. E Saraiva falta um pouco na intensidade.

Resumindo, um bom papel da Macaca na Copa do Brasil e, agora, atenção total no Brasileirão da Série B em busca do sonhado acesso.

(análise: André Gonçalves/foto: André Durão)

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