Apesar da grande e importantíssima vitória diante do Paysandu, não há espaços para oba-oba por alguns motivos. O primeiro é que o time entrou desligado em campo, o que vem acontecendo frequentemente. Marcando muito atrás e dando espaços aos adversários até nossa intermediária.
Segundo pela instabilidade do time. A Ponte tem oscilado muito de jogo a jogo. Assim, a torcida e, principalmente o time, não podem cair na armadilha de favoritismo nas próximas rodadas. Cada partida é uma história diferente.
Antes de conseguirmos nosso primeiro gol em Belém, o Papão teve duas ou três chances de abrir o marcador, mas não o fez. E se tivesse feito? O “se” não entra nas quatro linhas, entretanto, é bom lembrar que o jogo mudaria e quem teria os contra-ataques seriam eles.
Ocorreu com eles o que tem ocorrido conosco quando somos mandantes. Ficaram sujeitos aos nosso contra-ataques, que são muito velozes. Com Hyuri, se mostrou ainda mais forte. O novo reforço alvinegro se mostrou grande opção pela esquerda, já que André Luís tem se destacado pela direita. Parece-me que o time ficou mais balanceado e isso dá segurança tanto na parte defensiva quanto ofensiva. Também preocupa mais o adversário que não pode se descuidar pelos dois lados e abre oportunidades de chegada dos volantes pelo meio.
Tão importante quanto a vitória foi perceber que os jogadores que chegaram recentemente estão entrosados com os que estão há meses no elenco e afinados com o discurso do técnico João Brigatti.
Como será fundamental a presença do torcedor no Majestoso na próxima terça-feira para apoiar o time conseguir mais uma importante vitória e encostar, mais uma vez, no G4.
(análise: André Gonçalves/foto: Fernando Torres)